Epidemiologia e controle da leishmaniose visceral americana no estado de São Paulo, Brasil. Análise crítica e diagnóstico diferencial da leishmaniose visceral canina no município de Espírito Santo do Pinhal, 2010 - 2014
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Palavras-chave

Leishmaniose Visceral/epidemiologia
Leishmaniose Visceral/prevenção & controle
Leishmaniose Visceral/diagnóstico e Saúde Pública.

Como Citar

1.
Lautenschlaeger Rodrigues De Lucca HR, Tolezano (orientador) JET (orientador). Epidemiologia e controle da leishmaniose visceral americana no estado de São Paulo, Brasil. Análise crítica e diagnóstico diferencial da leishmaniose visceral canina no município de Espírito Santo do Pinhal, 2010 - 2014. Bepa [Internet]. 28º de fevereiro de 2018 [citado 22º de dezembro de 2024];15(170):23-4. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/BEPA182/article/view/37792

Resumo

A leishmaniose visceral (LV) é um grave problema de saúde pública, presente em 65 países, acometendo cerca de
meio milhão de pessoas. É uma doença que pode levar à morte. No Brasil é endêmica em 21 dos 27 estados, com
cerca de 3 mil novos casos/ano. Uma das medidas adotadas pelo programa de controle brasileiro é o diagnóstico
e eutanásia dos cães soropositivos, por serem esses importantes reservatórios do parasito causador da LV. Para
a OMS, essa medida deve ser adaptada com a realidade de cada local. No Brasil, o diagnóstico canino tem por
base a utilização de testes sorológicos, sendo importante o emprego de testes sensíveis, específicos, de custo
acessível e fácil exequibilidade, considerando seu emprego em saúde pública e também as medidas adotadas
em relação ao reservatório. Até 2011, o Ministério da Saúde preconizava o emprego do ELISA Bio-Manguinhos
como triagem e a RIFI Bio-Manguinhos como teste confirmatório. Ao final desse mesmo ano o protocolo para
o diagnóstico canino foi substituído pelo TR-DPP®/ELISA Bio-Manguinhos, para triagem e confirmação da
infecção, respectivamente. Outra alteração ocorrida foi em relação à interpretação da combinação dos resultados
para o diagnóstico. O diagnóstico inconclusivo que se dava às amostras reagentes no teste de triagem e não
reagente no confirmatório foi excluído. Assim, hoje, uma amostra com essas mesmas características positivo
no teste triagem (TR-DPP®) e negativo no confirmatório (ELISA) é negativa. Com o objetivo de verificar
o desempenho dos novos testes e o possível impacto nos valores de soroprevalência da infecção canina no
município de Espírito Santo do Pinhal (SP) em decorrência da mudança do protocolo diagnóstico da LVC, o
presente trabalho analisou os resultados obtidos nos inquéritos de 2012 e 2014 e os comparou com aqueles
obtidos em 2010, quando ainda se empregava o antigo protocolo. Os soros de 2010 foram avaliados pelas
técnicas do novo protocolo para estimar a prevalência nas condições diagnósticas atuais. Além disso, os índices
de positividade e o nível de concordância dos resultados entre os dois testes foram determinados. No estudo
foram incluídos os soros obtidos nos diferentes inquéritos, soros de cães do munícipio de Rio Claro (SP) sem
transmissão de LV (grupo controle) e soros de cães infectados por outros patógenos diferentes de Leishmania
sp para verificação de possíveis reações cruzadas, soros de animais com resultado sorológico e parasitológico
positivo para Leishmania visando analisar a sensibilidade dos testes e eventual co-infecção por patógenos
comumente encontrados na população canina através do uso do teste imunocromatográfico SNAP®4Dx®. Os
resultados mostraram a ocorrência de redução nos valores de soroprevalência canina no munícipio de Espírito
Santo do Pinhal entre os anos de 2012 e 2014 e que esta redução não foi causada pela introdução do novo
protocolo diagnóstico da LV canina. Quanto ao desempenho dos testes, o TR-DPP® foi mais específico que o
ELISA Bio-Manguinhos que mostrou reação cruzada com N. caninum, B. canis, E. canis e T. cruzi

 

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Copyright (c) 2018 Hélid Raquel Lautenschlaeger Rodrigues De Lucca, José Eduardo Tolezano (orientador) Tolezano (orientador)

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