Oviposição de Aedes (Stegomyia) aegypti e Aedes (Stegomyia) albopictus em município com transmissão de dengue, Estado de São Paulo, Brasil
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Palavras-chave

Aedes.
Ambiente.
Bioecologia.
Dengue.
Fatores Meteorológicos.
Oviposição

Como Citar

1.
Leandro Nunes Serpa L, R.A.M. Marques (orientadora) G. Oviposição de Aedes (Stegomyia) aegypti e Aedes (Stegomyia) albopictus em município com transmissão de dengue, Estado de São Paulo, Brasil. Bepa [Internet]. 6º de agosto de 2022 [citado 22º de dezembro de 2024];14(159). Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/BEPA182/article/view/37991

Resumo

 Objetivou-se estudar a distribuição e abundância de ovos de Ae. aegypti e Ae. albopictus, a co-ocorrência     das espécies e aspectos do comportamento de oviposição nas armadilhas. Foram expostas, por quatro dias     de cada mês, 80 ovitramas nos ambientes peri- e intradomiciliar de 40 residências urbanas de 22 quarteirões     sorteados mensalmente em São Sebastião, SP, entre fevereiro de 2011 e fevereiro de 2012. Analisou-se     a distribuição mensal dos índices de positividade de ovitrampas (IPO) e média de ovos por armadilha     (MOA) de Ae. aegypti e Ae. albopictus utilizando-se o teste de Kruskal-Wallis, seguido do teste de Dwass-     Steel-Chritcholow-Flinger. Foi utilizado o teste de correlação de Spearman e Regressão Linear Simples     para verificar a associação entre as variáveis meteorológicas com o número de armadilhas com ovos e     número de ovos. O padrão de evasão e superoviposição nas armadilhas com Ae. aegypti foi analisado por     comparação de categorias de classe de número de ovos aplicando-se teste de Kruskal-Wallis, seguido do     teste de Dwass-Steel-Chritchlow-Fligner, para as comparações múltiplas. Nas análises de comparação dos     valores de IPO das armadilhas de co-ocorrência das espécies, entre os ambientes peri- e intradomiciliares,     assim como nas análises de MOA, utilizou-se o teste Mann-Whitney. Para avaliar intensidade da infestação     por espécie foi utilizado o estimador de densidade Kernel. O IPO e MOA de Ae. Aegypti foram maiores     no peridomicílio, p=0,03; p=0,03, respectivamente. Verificou-se correlação positiva entre temperatura     e número de armadilhas com ovos e número de ovos desta espécie, nos ambientes domiciliares. Não     houve diferença no IPO (p=0,33) e MOA (p=0,57) de Ae. albopictus entre os ambientes. Houve correlação     positiva entre temperatura e positividade de armadilhas com Ae. albopictus do peridomicílio. Foi verificado     maior IPO de Ae. aegypti comparado a Ae. albopictus, no peri- (p=0,00) e intradomicílio (p=0,00). A     MOA de Ae. aegypti foi superior a de Ae. albopictus, no peri- (p=0,00) e no intradomicílio (p=0,01).     Não se verificou diferença significativa entre o número de armadilhas positivas das diferentes categorias     de classe de número de ovos (T = 3.48; p = 0,32). O número de ovos registrado nas categorias de classe     foi diferente (H = 10.86; p = 0,01), revelando-se maior na classe 31 a 60, quando comparada a ≤ 30     (p=0,03), e na classe ≥ 91, essa comparada a ≤ 30 (p=0,00). A comparação da distribuição das espécies     nas armadilhas de co-ocorrência não mostrou diferença significativa (H = 4.61; p = 0,20). Observou-se     um padrão temporal e espacial da distribuição e abundância das espécies, Ae. Aegypti predominando sobre     Ae. albopictus e revelando no peridomicílio seu espaço prioritário na seleção do local de oviposição. Estas     espécies ocuparam o espaço urbano de maneira diferente indicando segregação de habitat o que pode ter     contribuído para a co-ocorrência verificada. Foi constatada superoviposição nas armadilhas o que sugere     pouca disponibilidade de criadouros apropriados no ambiente.    

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Copyright (c) 2022 Lígia Leandro Nunes Serpa, Gisela R.A.M. Marques (orientadora)

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