Aplicações da PCR em tempo real no diagnóstico laboratorial da Febre Maculosa Brasileira

Autores

  • Fabiana Cristina Pereira dos Santos Pós-Graduação - Coordenadoria de Controle de Doenças
  • Marcos Vinícius da Silva (orientador) Pós-Graduação - Coordenadoria de Controle de Doenças

Resumo

 A Febre Maculosa Brasileira (FMB), causada pela Rickettsia rickettsii, é a principal doença transmitida por carrapato com impacto em saúde pública no Brasil. Os primeiros sintomas são inespecíficos, porém a doença pode evoluir rapidamente para quadro de Síndrome Febril Hemorrágica Aguda (SFHA) com a ocorrência de óbito em poucos dias. O objetivo deste estudo foi verificar as aplicações da PCR em tempo real na rotina laboratorial para o diagnóstico etiológico da FMB, em amostras biológicas encaminhadas ao Laboratório de Riquétsias do Instituto Adolfo Lutz. Foram testados dois protocolos de PCR em tempo real: um para detecção do gênero Rickettsia spp (gltA-TaqMan®) com detecção por sonda TaqMan® e outro para riquétsias do Grupo Febre Maculosa (OmpA-SYBR) com detecção por SYBRGreen. O protocolo de PCR em tempo real para RNAseP foi utilizado como controle interno endógeno. A amostragem foi constituída de sangue, soro, coágulo e biópsia de pele de lesão de casos fatais e não fatais com suspeita clínica de FMB. Os resultados mostraram que o protocolo OmpA-SYBR sofre interferência da matriz biológica e os melhores resultados com relação à sensibilidade foram obtidos quando utilizado em amostras de soro. Os protocolos de PCR em tempo real gltA-TaqMan® e OmpA-SYBR apresentaram concordância de resultados acima de 90%. O protocolo gltA-TaqMan® mostrou-se mais sensível do que o protocolo OmpA-SYBR, porém com menor especificidade, particularmente para amostras com CT>36. O melhor desempenho da PCR em tempo real para FMB, foi obtido quando a FMPCR, composta dos três protocolos: gltA-TaqMan®, OmpA-SYBR e RNAseP humana, foi utilizada em amostras de soro para detecção do agente etiológico da FMB nos casos fatais. A PCR em tempo real para FMB apresentou baixa sensibilidade para detectar casos não fatais, confirmados pela sorologia para FMB, com positividade de 21%. Os resultados deste estudo indicam que a FMPCR apresenta sensibilidade e especificidade que permitem utilizá-la como ferramenta laboratorial no diagnóstico da FMB para elucidação de casos fatais, com suspeita da doença.

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Publicado

2016-04-29

Como Citar

1.
Pereira dos Santos FC, da Silva (orientador) MV. Aplicações da PCR em tempo real no diagnóstico laboratorial da Febre Maculosa Brasileira. Bepa [Internet]. 29º de abril de 2016 [citado 12º de maio de 2024];13(`148):35-6. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/BEPA182/article/view/38102

Edição

Seção

Resumo de teses e dissertações