Fauna flebotomínea (Diptera, Psychodidae) em parques do Município de São Paulo, estado de São Paulo, Brasil

Autores

  • Neide de Oliveira Castelo de Oliveira Castelo Centro de Controle de Zoonoses da Coordenadoria de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo
  • Arize Clauzimar Puppo do Nascimento Centro de Controle de Zoonoses da Coordenadoria de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo
  • Rosane Correa de Oliveira Centro de Controle de Zoonoses da Coordenadoria de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo
  • Sandro Marques Centro de Controle de Zoonoses da Coordenadoria de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo
  • Elisabeth Fernandes Bertoletti Gonçalves Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo
  • Eunice Aparecida Bianchi Galati Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo

Palavras-chave:

Psychodidae, Phlebotominae, Leishmaniose

Resumo

O crescimento demográfico e as alterações ambientais têm contribuído para o  aumento dos casos de leishmaniose no Estado de São Paulo. O presente estudo  teve como objetivo realizar um levantamento da fauna flebotomínea em parques  do Município de São Paulo. Foram realizadas coletas nos Parques Alfredo Volpi,  Anhanguera, Burle Marx, Cantareira, Carmo, Chico Mendes, Ecológico Tietê  e Fundação Parque Zoológico, por meio de armadilhas luminosas NJ (New  Jersey) e/ou CDC (Center Disease Control), instaladas semanalmente entre  2004 e 2011. No total, foram coletados 20.828 flebotomíneos de 24 espécies,  pertencentes aos gêneros Brumptomyia (6), Evandromyia (1), Expapillata  (1), Lutzomyia (1), Martinsmyia (1), Micropygomyia (1), Migonemyia (1),  Nyssomyia (2), Pintomyia (3), Psathyromyia (4) e Psychodopygus (3), sendo  16.883 fêmeas (81%) e 3.945 machos (19%). O Parque da Cantareira teve  a maior riqueza de espécies (22) e o maior número de espécimes coletados,  com 3.904 em CDC e 12.047 em NJ. Pintomyia fischeri e Psathyromyia  pascalei ocorreram em todos os parques, sendo a primeira a espécie com  maior representatividade nos Parques da Cantareira, Alfredo Volpi, Carmo e  Fundação Zoológico. Evandromyia edwardsi foi a mais frequente no Parque  Burle Marx. Pi. fischeri, Mg. migonei, Ny. intermedia e Ny. whitmani, espécies  vetoras da Leishmania (Viannia) braziliensis, foram encontradas nos parques  Anhanguera, Cantareira, Carmo, Chico Mendes e Zoológico.  PALAVRAS-CHAVE: Psychodidae. Phlebotominae. Leishmaniose. 

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Publicado

2015-09-30

Como Citar

1.
de Oliveira Castelo N de OC, Clauzimar Puppo do Nascimento A, Correa de Oliveira R, Marques S, Fernandes Bertoletti Gonçalves E, Bianchi Galati EA. Fauna flebotomínea (Diptera, Psychodidae) em parques do Município de São Paulo, estado de São Paulo, Brasil . Bepa [Internet]. 30º de setembro de 2015 [citado 26º de abril de 2024];12(141):1-9. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/BEPA182/article/view/38142

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