Higienização bucal com digluconato de clorexidina e extrato etanólico de própolis em pacientes de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um Hospital Público na cidade de São Paulo - Brasil
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Como Citar

1.
Faria Makabe ML, Costa Pires (orientadora) M de F. Higienização bucal com digluconato de clorexidina e extrato etanólico de própolis em pacientes de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um Hospital Público na cidade de São Paulo - Brasil. Bepa [Internet]. 29º de maio de 2015 [citado 28º de dezembro de 2024];12(137):21-2. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/BEPA182/article/view/38186

Resumo

 Focos de infecção na boca têm sido relacionados com o comprometimento da saúde do corpo do indivíduo, despertando o interesse de médicos e dentistas. A infecção é uma complicação frequente e de elevada mortalidade nos pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva. Estes pacientes, na maioria das vezes, não possuem higienização bucal adequada, possivelmente pelo desconhecimento de técnicas adequadas pelas equipes de terapia intensiva, e pela ausência do relacionamento odontologia e enfermagem. Pesquisas com produtos naturais visam o tratamento efetivo destas infecções. Na odontologia, tem-se estudado a atividade farmacológica do extrato de própolis em algumas situações, como: gengivites, periodontites, aftas, mumificação pulpar. Também, tem sido usado em curativos pré e pós-cirúrgicos e em tratamentos da candidíase, herpes labial e higiene bucal, devido à capacidade antisséptica e cicatrizante em indivíduos internados em hospitais. O objetivo deste trabalho foi estudar a higienização bucal com água filtrada, digluconato de clorexidina a 0,12% e extrato etanólico de própolis a 6% em pacientes internados na UTI e a atividade do digluconato de clorexidina a 0,12% e do extrato etanólico de própolis a 6% sobre leveduras e em doses subinibitórias sobre a produção de exoenzimas proteinase e fosfolipase e as características fenotípicas (franjas). Foram estudados 150 pacientes, divididos em 3 grupos de 50 pacientes para cada substância. Antes da higienização foi realizado um exame clínico da boca em seguida duas coletas para o isolamento de leveduras, uma antes e outra após a higienização. As leveduras isoladas foram identificadas por meio do Kit API 20C AUX. Para avaliação in vitro da atividade antifúngica do digluconato de clorexidina a 0,12% e do extrato etanólico de própolis a 20% utilizou-se a técnica de microdiluição em meio RPMI 1640. O digluconato de clorexidina a 0,12% e o extrato etanólico de própolis a 6% inibiram o crecimento de leveduras no terceiro dia após a higienização. A água filtrada reduziu a presença de levedura. A Concentração Fungicida Mínima (CFM) CFM 50 para os 72 isolados de leveduras submetidos ao digluconato de clorexidina foi de 0,0018% e a CFM 90 foi de 0,0037% para o extrato etanólico de própolis, CFM 50 foi de 2,5% e CFM 90 10%. Nas doses subinibitórias ocorreu inibição na produção de proteinase e fosfolipase e formação de franjas, tanto para a clorexidina como para o extrato etanólico de própolis. Ao final do terceiro dia de higienização o digluconato de clorexidina a 0,12% e o extrato etanólico de própolis a 6% apresentaram os mesmos resultados para inibição de leveduras com a vantagem do extrato etanólico de própolis ser um produto natural.   

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Copyright (c) 2015 Maria Luisa Faria Makabe, Maria de Fátima Costa Pires (orientadora)

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