Vigilância Epidemiológica da Paracoccidioidomicose no Estado de São Paulo, 2008 a 2011

Autores

  • Valdir de Souza Pinto Centro de Vigilância Epidemiológica
  • Vera Maria Neder Galesi Centro de Vigilância Epidemiológica
  • Suely Fukasava Centro de Vigilância Epidemiológica
  • Adriana Pardini Vicentini Instituto Adolfo Lutz

Palavras-chave:

Paracoccidioidomicose, Paracoccidioidomicose/ prevenção & controle, Vigilância Epidemiológica, Paracoccidioides, Governo Estadual

Resumo

 A paracoccidioidomicose (PCM) é a principal micose sistêmica de caráter   endêmico da América Latina, que acomete trabalhadores rurais, principalmente   do sexo masculino. Visto não ser doença de notificação compulsória, não se   dispõe de dados precisos sobre sua incidência e prevalência no país. Este artigo   tem como objetivo descrever a situação da PCM no Estado de São Paulo, no   período de 2008 a 2011, analisando os 166 casos informados por quatro dos doze   ambulatórios de referência. Na tentativa de aprimorar as ações de controle e   educação relacionadas a esta micose, visa informar e principalmente sensibilizar   os profissionais, bem como orientar no cumprimento das normas que constam   nas diretrizes do manual de recomendações deste agravo. A partir da análise de   algumas das informações obtidas pode-se concluir que a PCM é endêmica no   Estado de São Paulo, com uma média de 29,3 novos casos por ano. Além disso, o   diagnóstico da doença seja por métodos micológicos ou imunológicos em   crianças reforça a circulação do patógeno, ou seja, Paracoccidioides brasiliensis   no Estado de São Paulo. Há, portanto, necessidade do aprimoramento do sistema   de monitoramento, reforçando as Unidades de Referência, e o seguimento dos   protocolos, promovendo capacitação periódica aos profissionais da saúde, além   de sensibilizar os gestores.     

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Publicado

2012-07-30

Como Citar

1.
de Souza Pinto V, Neder Galesi VM, Fukasava S, Pardini Vicentini A. Vigilância Epidemiológica da Paracoccidioidomicose no Estado de São Paulo, 2008 a 2011. Bepa [Internet]. 30º de julho de 2012 [citado 5º de maio de 2024];9(103):4-15. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/BEPA182/article/view/38355

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