Estimativa do número mínimo de promastigotas de Leishmania (Viannia) braziliensis necessário para a proliferação em sistema de cultivo em microplacas

Autores

  • Alessandra Gutierres Instituto Adolfo Lutz
  • Luis Felipe Cantini Tolezano Instituto Adolfo Lutz
  • Elizabeth Visone Nunes Westphalen Instituto Adolfo Lutz
  • Roberto Mitsuyoshi Hiramoto Universidade de São Paulo. São Paulo, SP, Brasil
  • Jeffrey Jon Shaw Universidade de São Paulo. São Paulo, SP, Brasil
  • José Eduardo Tolezan Instituto Adolfo Lutz

Palavras-chave:

Microcultivo, L. (V.) braziliensis, Proliferação in vitro, Leishmania, Diagnóstico parasitológico

Resumo

 O diagnóstico de certeza da leishmaniose cutânea depende do encontro  doagente etiológico. A técnica tradicional de cultura (TTC) realizada em  tubosdemanda prolongada incubação, grande volume de meio de cultivo e  deamostra. A técnica de microcultura (TMC) realizada em placas de 96  poçosutiliza pequeno volume de meio de cultivo e de amostra,  possibilitandorealizar diversos inóculos por amostra examinada. O  crescimento de L. (V.) braziliensis (MHOM/84/LTB300) foi realizado nas  duas técnicasobjetivando determinar o número mínimo de parasitas  necessários para aproliferação. A partir de diluições seriadas de suspensão  com L. (V.) braziliensis, foram obtidos inóculos em concentrações de 1x100 até  1x103 para o cultivo. Na concentração de 1x103 foi observada  proliferação0arasitária a partir de 48 horas do cultivo. Um único parasita  (1x100) foisuficiente para permitir a proliferação nas duas técnicas. No  inóculo de18concentração 1x101 a TTC atingiu 1x108 parasitas, porém a  proliferação foi3observada primeiramente na TMC. Na concentração de  1x103 a TMC atingiu 2x108 parasitas. Concluiu-se que a TMC é uma estratégia  que permitiu ocultivo a partir de uma única forma flagelada. Novos estudos  estão sendorealizados para avaliar a viabilidade da TMC na utilização como  métododiagnóstico. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Referências

Neuber H. Leishmaniasis. J. Dtsch Dermatol Ges. 2008;6(9):754-65.

Gállego M. Zoonosis emergentes por patógenos parásitos: las leishmaniosis. Rev Sci Tech Off Int Epiz. 2004; 23(2):661-76.

Oumeish OY. Cutaneous leishmaniasis: a historical perspective. Clin dermatol. 1999;17:249-54.

Desjeux P. Leishmaniasis: current situation and new perspectives. Comp Immunol Microbiol. Infect Dis. 2004;27:305-18.

Bates PA, Tetley L. Leishmania mexicana: induction of metacyclogenesis by cultivation of promastigotes at acidic pH. Experimental Parasitology. 1993; 76:412-23.

Ministério da Saúde. Manual de vigilância da leishmaniose tegumentar americana. Brasília; 2007. p.21.

Garcia AS. Alternativas nutricionais para o crescimento primário in vitro e para a identificação de protozoários do gênero Leishmania [dissertação de mestrado]. São Paulo: Coordenadoria do Controle de Doenças da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo; 2007.

Degrave W, Fernandes O, Campbell D, Bozza M, Lopes U. Use of molecular probes and PCR for detection and typing of Leishmania – a mini review. Mem do Inst Oswaldo Cruz. 1994;89(3):463-9.

Prata A, Silva LA. Calazar. In: Coura JR. Dinâmica das doenças infecciosas e parasitárias. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2005. V. 1, p. 713-32.

Reithinger R, Dujardin JC, Louzir H, Pirmez C, Alexander B, Brooker S. Cutaneous leishmaniasis. Lancet Infect Dis. 2007;7(9):581–96.

Murray HW, Berman JD, Davies CR, Saravia NG. Advances in leishmaniasis. Lancet. 2005;366:1561-77.

Singh S. New developments in diagnosis of leishmaniasis. Indian J Med Res. 2006;123:311-30.

Andresen K, Gaafar A, El-Hasan A, Ismail A, Dafaila M, Theander TG, et al. Evaluation of the polymerase chain reaction in the diagnosis of cutaneous leishmaniasis due to Leishmania major. A comparison with direct microscopy of smears and section from lesions. Trans R Soc Trop Med Hyg. 1996;90:133-5

Schuster FL, Sullivan JJ. Cultivation of clinically significant hemoflagellates. Clin Microbiol Rev. 2002;15(3):374-89.

Boggild AK, Miranda-Verastegui C, Espinosa D, Arevalo J, Adaui V, Tulliano G, et al. Evaluation of a microculture method for isolation of Leishmania parasites from cutaneous lesions of patients in Peru. J Clin Microbiol. 2007;45(11):3680-84.

Gutierres A, Tolezano LFC, Garcia EL, Westphalen EVN, Westphalen SR, Araújo MFL, Barbosa JER, Aureliano DP, Taniguchi HH, Cunha EA, Garcia RA, Hiramoto RM, Tolezano JE. A microculture technique for growing trypanosomatids parasites of leishmaniasis and chagas´disease. Preliminary results. VII Encontro do Instituto Adolfo Lutz; outubro de 2007; São Paulo.

Hide M, Singh R, Kumar B, Banuls AL, Sundar S. A microculture technique for isolating live Leishmania parasites from peripheral blood of visceral leishmaniasis patients. Acta Trop. 2007;102:197-200.

Maia C, Ramada J, Cristóvão J, Gonçalves L, Campino L. Diagnosis of canine leishmaniasis: conventional and molecular techniques using different tissues. Vet J. 2009;179:142-4.

Lightner LK, Chulay JD, Bryceson ADM. Comparison of microscopy and culture in the detection of Leishmania donovani from splenic aspirates. Am J Trop Med Hyg. 1983; 32(2):296-9.

Allahverdiyev AM, Uzun S, Bagirova M, Durdu M, Memisoglu HR. A sensitive new microculture method for diagnosis of cutaneous leishmaniasis. Am J Trop Med Hyg. 2004;70(3):294-7.

Allahverdiyev AM, Bagirova M, Uzun S, Alabaz D, Aksaray N, Kocabas E, et al. The value of a new microculture method for diagnosis of visceral leishmaniasis by using bone marrow and peripheral blood. Am J Trop Med Hyg. 2005; 73(2):276-80.

Maia C, Campino L. Methods for diagnosis of canine leishmaniasis and immune response to infection. Vet Parasitol. 2008;158(4):274-87.

Oliveira MA, Pires AS, Bastos RP, Lima GM, Pinto SA, Pereira LI, et al. Leishmania spp. parasite isolation through inoculation of patient biopsy macerates in interferon gamma knockout mice. Rev Inst Med Trop São Paulo. 2010;52(2):83-8.

Downloads

Publicado

2010-12-31

Como Citar

1.
Gutierres A, Cantini Tolezano LF, Visone Nunes Westphalen E, Mitsuyoshi Hiramoto R, Jon Shaw J, Tolezan JE. Estimativa do número mínimo de promastigotas de Leishmania (Viannia) braziliensis necessário para a proliferação em sistema de cultivo em microplacas. Bepa [Internet]. 31º de dezembro de 2010 [citado 25º de abril de 2024];7(84):4-11. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/BEPA182/article/view/38464

Edição

Seção

Artigo Original

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)