Infecção de células BHK-21 cultivadas em monocamadas estacionárias por cepas de vírus PV e CVS
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Palavras-chave

Vírus da raiva
Cepas PV e CVS
Células BHK-21
Replicação

Como Citar

1.
Mendes Batista A, Cruz PS, de Almeida E, Boamorte da Costa AE, Corrêa Scheffer K, Botelho Chaves L, Rodrigues da Silva A de C, Medeiros Caporale GM. Infecção de células BHK-21 cultivadas em monocamadas estacionárias por cepas de vírus PV e CVS . Bepa [Internet]. 30º de novembro de 2009 [citado 24º de novembro de 2024];6(71):4-11. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/BEPA182/article/view/38559

Resumo

O vírus da raiva pode estar presente em diferentes tecidos e órgãos, tornando possível a sua replicação em diversos tipos de culturas celulares. Considerando a fundamental importância da produção desse vírus in vitro para a realização de testes diagnósticos, produção de soros hiperimunes e pesquisas, o objetivo deste estudo foi avaliar a infecção viral das cepas PV (Pasteur Virus) e CVS (Challenge Virus Standard) em linhagem de células BHK-21 (Baby Hamster Kidney). As células foram infectadas com as cepas PV e CVS e cultivadas em frascos estacionários de cultivo celular e em microplacas com lamínulas, a 37ºC por até 96 horas. A cada três horas foram coletadas alíquotas do sobrenadante dos frascos, para acompanhamento da concentração das partículas virais, e lamínulas para avaliar a infecção viral nas células. As avaliações foram realizadas por imunofluorescência direta, para definição da maior diluição em que as suspensões virais infectaram 100% da monocamada confluente de células BHK-21 e para avaliar o aumento da intensidade de fluorescência, expressa em cruzes (+ a ++++), identificando o antígeno viral, demonstrado por fotodocumentação. A presença de partículas virais foi observada a partir de nove horas pós-infecção, em ambas as cepas. As partículas virais das cepas PV e CVS no sobrenadante foram obtidas a partir de 15 e 18 horas de incubação, respectivamente, sendo observada a maior concentração de partículas nas suspensões virais das duas cepas, 72 horas pós-infecção. Portanto, o protocolo usado demonstrou eficiência, independente da cepa empregada, permitindo a obtenção de bons títulos nas suspensões virais produzidas.

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Copyright (c) 2009 Alexandre Mendes Batista, Paula Sônia Cruz, Eliana de Almeida, Ana Elena Boamorte da Costa, Karin Corrêa Scheffer, Luciana Botelho Chaves, Andréa de Cássia Rodrigues da Silva, Graciane Maria Medeiros Caporale

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