Resumo
O Programa de Terapia Renal Substitutiva (TRS) integra a agenda de saúde do Estado de São Paulo por tratar-se de área prioritária dentre as políticas de saúde, face ao aumento progressivo da incidência e da prevalência da doença renal crônica, a cada ano. O custo elevado para manter pacientes em TRS tem sido motivo de grande preocupação por parte de órgãos governamentais. Práticas baseadas em evidências científicas mostram um número relevante de complicações agudas decorrentes do tratamento dialítico que utiliza água, fundamental para a terapia, com padrões bacteriológicos e físico-quimicos inadequados, que levam a intoxicações por metais e reações adversas. O Programa de Monitoramento da Qualidade da Água Tratada para Diálise teve início no Estado de São Paulo em dezembro de 1999. Dados preliminares sobre as análises das amostras de água para diálise, coletadas no último trimestre de 2007, revelaram que os resultados não foram satisfatórios em 100% dos serviços, o que reforça a necessidade de implementação demedidas de controle de riscos para salvaguardar o padrão de qualidade da água – seja ela proveniente do abastecimento público ou de fontes alternativas –, em conformidade com a legislação vigente. No último trimestre de 2007, foram treinados 47 técnicos de vigilância sanitária dos âmbitos estadual e municipal, que atuam diretamente no segmento de diálise. Esses técnicos coletaram 156 amostras de água para análise dos 52 serviços cadastrados na VS da Capital e Grande São Paulo.
Referências
Romão Jr JE. Doença renal crônica: definição, epidemiologia e classificação. J
Bras Nefrol. 2004; 26(3 Supl. 1). [acesso em 9 mai 2008]. Disponível em: http://www.sbn.org.br/JBN/26-31/v26e3s1p001.pdf.
Sesso R. Epidemiologia da insuficiência renal crônica no Brasil. In: Ajzen H, Schor N. Guia de nefrologia. São Paulo: Manole; 2002. p 1-7 [acesso em 12 mai 2008]. Disponível em: http://www.cve.saude.sp.gov.br/htm/cronicas/irc_prof.htm.
Sociedade Brasileira de Nefrologia. Diretrizes brasileiras de doença renal crônica. 2006 [acesso em 12 mai 2008]. Disponível em: http://www.sbn.org.br/diretrizes.htm.
Kirsztajn GM. Nutrição em pauta [acesso em 12 mai 2008]. Disponível em:http://www.nutricaoempauta.com.br/lista_artigo.php?cod=558.
Brasil. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria n. 2042/1996 Estabelece o regulamento técnico para o funcionamento dos serviços de terapia renal substitutiva e as normas para cadastramento desses estabelecimentos junto ao Sistema Único de Saúde. De 11 de outubro de 1996. Diário Oficial da União. Poder Executivo, Brasília, DF, 14 de jun 2004. [Acesso em 12 mai 2008]. Disponível em:http://e-legis.bvs.br/leisref/public/showAct.php?id=1087&word=transplante and orgao$
Calderaro RVV, Heller L. Surto de reações hemolíticas associado a residuais de cloro e cloraminas na água de hemodiálise. Rev Saúde Pública. 2001;35(5):481-6 [acesso em 9 mai 2008]. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rsp/v35n5/6588.pdf.
São Paulo. Secretaria do Estado da Saúde. Gabinete do Secretário. Resolução SS n. 147/1997. Aprova Roteiro de Inspeção em Unidades de Diálise. De 24 de outubro de 1997. Diário Oficial do Estado. Seção I, São Paulo, 24 de out 1997 [acesso em 12 mai 2008]. Disponível em: http://www.cvs.saude.sp.gov.br/zip/97re147.zip
Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC n. 154/2004. Estabelece o Regulamento Técnico para o funcionamento dos Serviços de Diálise. De 15 de junho de 2004. Diário Oficial da União. Poder Executivo, Brasília, DF, 17 de jun 2004. [Acesso em 12 mai 2008]. Disponível em: http://e-legis.anvisa.gov.br/leisref/public/showAct.php?id=11539
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright (c) 2008 Maria Isabel S. J. Marcatto, Marta de Almeida Magliari, Mônica A. Fernandes Grau, Nadia Carvalho da Silva Müller