Avaliação da eficácia Lambdacialotrina para o controle de Lutzomyia longipalpis

Autores

  • Vera L F de Camargo-Neves Superintendência de Controle de Endemias
  • Lílian A C Rodas Superintendência de Controle de Endemias
  • Gisele Cabral Superintendência de Controle de Endemias
  • Clóvis Pauliquévis Jr Pauliquévis Jr Superintendência de Controle de Endemias

Palavras-chave:

Lutzomyia longipalpis, controle químico, borrifação, leishmaniose visceral americana, Lambdacialotrina, piretróide

Resumo

Os autores apresentam os resultados do estudo de avaliação da eficácia da Lambdacialotrina (Demand 10 CS®, Syngenta) para o controle da densidade de Lutzomyia longipalpis obtidas de dois municípios (Araçatuba e Birigüi) do Oeste do estado de São Paulo, região que vem sofrendo pressão de inseticida desde 1987. Provas biológicas de parede (OMS 1972) foram realizadas: 0, 3 e 30 dias após a aplicação do praguicida. A concentração do inseticida foi de 0,03g ia/m2 de parede e foi avaliada a necessidade de adição à solução do espalhante adesivo Iharaguen’s®(Ihabras SA), obtendo-se o volume de 50mL do produto para 8l da solução. Essa mistura foi aplicada em três faixas com área de 2,10m2 cada uma, com auxílio de bomba pulverizadora de compressão prévia, modelo Guarany®. Foram avaliados os procedimentos operacionais, como homogeneidade da calda, entupimento de bico, odor e os efeitos de escorrimento e mancha. A eficácia foi avaliada pela taxa de mortalidade obtida em 24 horas, após a exposição de 15 a 20 exemplares/cone de L. longipalpis durante uma hora. Verificou-se diferença na susceptibilidade das cepas do vetor dependendo do tipo de acabamento da parede, do número de dias após a aplicação e da origem da cepa.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Referências

Camargo-Neves VLF, Katz G. Leishmaniose visceral americana no estado de São Paulo. Rev. Soc. Bras. Med. Trop. 1999; 32 (Supl.II): 63-64.

Silans LNMP, Dedet JP, Arias JR. Field monitoring of cypermethrin residual effect on the mortality rates of Phlebotominae sandfly Lutzomyia longipalpisin the State of Paraíba, Brazil. Mem. Inst. Oswaldo Cruz 1998; 93 (3): 339 -344.

Camargo-Neves VLF, Gomes AC. Controle da leishmaniose visceral americana no estado de São Paulo, Brasil. Rev. Soc. Bras. Med. Trop. 2002; 35 (Supl.III): 90-97.

Camargo-Neves et al.Relatório de avaliação da eficácia de inseticidas de ação residual para o controle da densidade de Lutzomyia longipalpis. Estado de São Paulo 2006.

Camargo-Neves VLF, Glasser CM, Cruz LL, Almeida RG et al. Manual de Vigilância e Controle da Leishmaniose Visceral Americana do estado de São Paulo. Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo; 145p;il., 2006.

Nery-Guimarães F, Bustamante FM. A aplicação domiciliária de DDT como base da profilaxia das leishmanioses. Estudo de um foco de Leishmaniose Muco-Cutânea cinco anos depois da aspersão periódica com aquele inseticida. Rev. Brasileira de malariol. e Doenças Tropicais1953; 127-130.

Deane LM, Deane MP. Leishmaniose visceral urbana (no cão e no homem) em Sobral, Ceará. O Hospital. 1955; 47: 75-87.

Alencar JE. Influência da dedetização sobre a incidência do calazar humano no Ceará –Novos dados. Rev. Bras. de Malariol. e Doenças Tropicais 1963; 417-424.

Davies CR, Llano-cuentas A, Canales J, Leon E, Monge J, Tolentino E, Gomero Q, Pyke S, dye C. The fall and rise of Andean cutaneous leishmaniasis: transient impact of the DDT campaign in Peru. Transac. Of the R. Soc. Of Trop. Med. And Hyg. 1994; 88: 389-393.

OMS. Organización Mundial de La Salude. Lucha contra las leishmaniasis. Ginebra. (OMS -Série de Informes Técnicos, 793), 1990.

Falcão AR, Pinto CT, Gontijo CMF. Susceptibility of Lutzomyia longipalpis to deltamethrin.

Mem. Inst. Oswaldo Cruz 1988; 83 (3): 395 - 396.

Mazzari MB, Feliciangeli MD, Maroli M, Hernandez A, Bravo A. Susceptibility of Lutzomyia longipalpis (Díptera: Psychodidae) to selected inseticides in na endemic focus of visceral leishmaniasis in Venezuela. J. of the American Mosquito Control Associations 1997; 13 (4): 335-341.

Oliveira-Filho AM, Melo MTV. The chemical control of vectors of leishmaniasis. Mem. Inst. Oswaldo Cruz. 1994; 89 (3):461-462.

SES. Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Leishmaniose visceral americana. São Paulo; 2000. (Informe técnico).

Falcão AL, Falcão AR, Pinto CT, Gontijo CMF, Falqueto A. Effect of deltamethrin spraying on the sandfly populations in a focus of American Cutaneous Leishmaniasis. Mem. Inst. Oswaldo Cruz 1991; 86 (4): 399-404.

Camargo-Neves VLF. Aspectos epidemiológicos e avaliação das medidas de controle da leishmaniose visceral americana no estado de São Paulo, Brasil. [Epidemiologic aspects and evaluation of the control methods American Visceral Leishmaniasis in São Paulo State, Brazil].[Tese de Doutorado]. São Paulo: Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo; 2004.

Saldanha ACR, Elkhoury ANM, Rabello A, Costa CHN, Carmo EH, Furtado E, Costa JML, Lima JWO, Luz KG, Silans LNM, Hueb M, Paranhos M, Gama MEA, Silva PC, Sabroza PC, Dietze R, Soares V, Camargo-Neves VLF de, Costa WA, Alves WA. Manual de Vigilância e Controle da Leishhmaniose Visceral. Brasília: Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica, Ministério da Saúde, 2003

Alexander B, Jaramillo C, Usma MC, Quesada ABL, Cadena H, Roa W, Travi B L. Attempt to control Phlebotomine sand fleis (Díptera: Psychodidae) byresidual spraying with deltamethrin in a Colombian Village. Mem. Inst. Oswaldo Cruz. 1995; 90 (3): 421-424.

Rahman SJ, Wattal BL, Mathur KK, Joshi C, Kumar K. Susceptibility of laboratory reared strain of Phlebotomus papatasi (Scopoli) to organochlorine insecticides. J. Commun. Dis.1982; 14:122-124.

Seyedi-Rashi MA, Yezdan PH, Shah H, Jeradi M. Susceptibility of Phlebotomus papatasi(Díptera: Psychodidae) to DDT in some foci of cutaneous leishmaniasis in Iran. J. Am. Mosq. Control Associations 1975; 8:99-100.

Downloads

Publicado

2007-07-31

Como Citar

1.
L F de Camargo-Neves V, A C Rodas L, Cabral G, Pauliquévis Jr CPJ. Avaliação da eficácia Lambdacialotrina para o controle de Lutzomyia longipalpis. Bepa [Internet]. 31º de julho de 2007 [citado 19º de maio de 2024];4(43):4-11. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/BEPA182/article/view/38738

Edição

Seção

Artigo Original