Resumo
Em 2005, a vigilância acarológica no município de Ribeirão Pires, na Grande São Paulo, foi intensificada em razão das inúmeras solicitações da população, que se mostrava bastante preocupada com o aumento do número de carrapatos e com o risco de desenvolver a febre maculosa. As investigações acarológicas realizadas pelo Centro de Controle de Zoonoses municipal abrangeram áreas infestadas pelos vetores da doença, Amblyomma cajennense e Ambyomma aureolatum, e áreas com registros de casos humanos suspeitos de febre maculosa. Observou-se que as maiores infestações nos domicílios estavam associadas à presença de hospedeiros primários, equinos e cães, e que as duas espécies de carrapatos do gênero Amblyomma ocorrem praticamente na mesma proporção. A melhor medida de proteção para a doença é evitar a exposição do homem ao carrapato transmissor, em áreas de mata e outros locais possivelmente infestados. A manutenção de animais domésticos, domiciliados e periodicamente tratados com carrapaticidas, é importante para o controle da infestação. A informação e conscientização da população sobre a doença e sua gravidade são fundamentais, pois o sucesso das ações de prevenção e controle somente será alcançado pela parceria da comunidade e órgãos públicos.
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