Prevalência de clamídia e gonorreia entre travestis e mulheres transexuais em situação vulnerável participantes do Estudo TransOdara – Manaus, Amazonas

Autores

  • Emilis Rosangel Barrios Moreno Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Programa de Residência Médica de Ginecologia e Obstetrícia | Manaus, Amazonas, Brasil
  • Katia Cristina Bassichetto Santa Casa de São Paulo, Faculdade de Ciências Médicas | São Paulo, São Paulo, Brasil https://orcid.org/0000-0003-3645-025X
  • Bruna Lopes Souza Universidade do Estado do Amazonas (UEA) | Manaus, Amazonas, Brasil
  • Daria Barroso Serrão Neves Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Programa de Residência Médica de Ginecologia e Obstetrícia | Manaus, Amazonas, Brasil
  • Rita Bacuri Fundação Oswaldo Cruz, Centro de Pesquisa Leônidas e Maria Deane | Manaus, Amazonas, Brasil
  • Claudia Barros Instituto Butantã, São Paulo - SP - Brasil https://orcid.org/0000-0002-1582-2010
  • Adele Schwartz Benzaken Fundação Oswaldo Cruz, Centro de Pesquisa Leônidas e Maria Deane | Manaus, Amazonas, Brasil
  • Maria Amelia Sousa Mascena Veras Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, São Paulo - SP -Brasil

DOI:

https://doi.org/10.57148/bepa.2023.v.20.38961

Palavras-chave:

estudo transversal, clamídia, gonorreia, travestis, mulher transexual

Resumo

Introdução: Infecções bacterianas por Chlamydia trachomatis (CT) e Neisseria gonorrhoeae (NG) estão entre as infecções de transmissão sexual mais prevalentes no mundo. Objetivo: Estimar a prevalência de CT GC e descrever características sociodemográficas de travestis e mulheres transexuais (TrMT), participantes do estudo TransOdara, de três subgrupos de vulnerabilidade social, residentes em Manaus, Amazonas, entre novembro de 2020 a abril de 2021. Metodologia: O recrutamento ocorreu no Ambulatório de Diversidade Sexual e Gênero da Policlínica Pam/Codajás, utilizando Respondent-Drive Sampling. Resultados: Participaram 39 TrMT. [19 (48,7%) em situação prisional; 11 (28,2%) em situação de rua e 9 (23,0%) imigrantes]. 48,7% tinham entre 20 e 29 anos; 46,2% ensino fundamental; 81,6% pretas/pardas. As maiores proporções de casos confirmados para CT e GC foram entre as TrMT imigrantes (22,2% e 44,4%, respectivamente). Conclusão: Novas pesquisas com TrMT são necessárias para identificar estratégias de prevenção e práticas de rastreio mais efetivas para essas infecções.

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Publicado

2023-06-28

Como Citar

1.
Moreno ERB, Bassichetto KC, Souza BL, Neves DBS, Bacuri R, Barros C, Benzaken AS, Veras MASM. Prevalência de clamídia e gonorreia entre travestis e mulheres transexuais em situação vulnerável participantes do Estudo TransOdara – Manaus, Amazonas. Bepa [Internet]. 28º de junho de 2023 [citado 7º de maio de 2024];20:e38961. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/BEPA182/article/view/38961

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