Resumo
Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico e a incidência da sífilis congênita no município de Taubaté de 2013 a 2022. Método: Estudo Descritivo retrospectivo com dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, Sistemas de Informação de Doenças e Agravos de Notificação e de Nascidos Vivos para analise dos casos confirmados de sífilis congênita. Resultado: No período estudado houve 444 casos confirmados de sífilis congênita no município, resultando em uma taxa de incidência de 11,54%, o ano de 2020 teve o maior número de notificações (14,19%) e maior taxa de incidência (17,68%). A maioria era do sexo feminino (52,25%) da raça branca (86,49%), com diagnóstico confirmado até seis dias após o nascimento (97,97%). O perfil materno, a faixa etária mais frequente foi 20-24 anos (29,50%), com a maioria das mães realizando pré-natal (88,29%) e diagnosticada com sífilis durante o pré-natal (76,35%). Observou-se que uma proporção significativa dos parceiros não recebeu tratamento (54,28%). Conclusão: O alto numero de casos da doença no município demonstra que são necessárias ações continuas de aprimoramento e estratégias de rastreamento e tratamento para reduzir a incidência de sífilis congênita, além da importância de reforçar o tratamento dos parceiros das gestantes para prevenir a transmissão vertical
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