Caracterização físico-química e microbiológica da linhaça dourada e marrom (Linum Usitatissimum L.)
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Palavras-chave

linhaça
ácidos graxos
ingrediente funcional

Como Citar

1.
Novello D, Pollonio MAR. Caracterização físico-química e microbiológica da linhaça dourada e marrom (Linum Usitatissimum L.). Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 1º de fevereiro de 2012 [citado 22º de novembro de 2024];71(2):291-300. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/32427

Resumo

Este trabalho avaliou a composição físico-química e a qualidade microbiológica do óleo e da semente de linhaça dourada e marrom, comercializados no Brasil, determinando-se a composição físico-química, perfil de ácidos graxos, avaliação microbiológica e estabilidade à oxidação lipídica no óleo de linhaça dourada e marrom. Não houve diferença nos nutrientes da composição físico-química entre o óleo de linhaça dourada e marrom. Teores mais elevados no total de ácidos graxos saturados (SFA) foram verificados no óleo de linhaça marrom. O teor total de ácidos graxos monoinsaturados (MUFAs), em ambas as amostras, não mostrou diferença significativa. A quantidade total de ácidos graxos poli-insaturados (PUFAs) e a relação PUFAs/SFA foram superiores no óleo de linhaça dourada. A semente de linhaça marrom apresentou maiores quantidades de umidade, lipídios, proteínas e calorias do que a variedade dourada. O total de SFA foi superior na semente de linhaça marrom, não havendo diferenças estatísticas entre o teor de MUFAs e PUFAs. A menor relação PUFAs/SFA foi observada na semente de linhaça marrom. As qualidades microbiológicas foram satisfatórias e em conformidade com os parâmetros de segurança. Os óleos avaliados mostraram baixas concentrações de malonaldeído. A linhaça dourada demonstrou melhor perfil nutricional, principalmente pela sua composição em ácidos graxos.
https://doi.org/10.53393/rial.2012.v71.32427
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