Risco microbiológico associado a drogas vegetais psicoativas adquiridas no comércio popular
PDF

Palavras-chave

plantas medicinais
contaminação
micotoxinas
comércio popular
risco sanitário

Como Citar

1.
Soares Neto JAR, Rodrigues E, Almódovar AAB, Pereira TC, Bugno A. Risco microbiológico associado a drogas vegetais psicoativas adquiridas no comércio popular. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 1º de fevereiro de 2012 [citado 27º de abril de 2024];71(2):420-3. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/32445

Resumo

Este estudo avaliou o risco de contaminação por micro-organismos patogênicos em 70 amostras de drogas vegetais psicoativas, adquiridas no comércio popular de Diadema (SP). A análise foi feita seguindo-se os parâmetros microbiológicos definidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e Farmacopeia Brasileira. Ademais, foi averiguado o potencial da micoflora isolada em produzir micotoxinas. Das drogas vegetais avaliadas, 66,7% das amostras estavam em desacordo com as especificações de qualidade da OMS. Quanto ao potencial micotoxigênico dos isolados fúngicos, nenhum demonstrou capacidade para produzir ocratoxina A ou citrinina; e quatro isolados (3,9%) apresentaram capacidade aflatoxigênica. A baixa qualidade microbiológica dos produtos estudados indicou a necessidade de adequar o comércio informal de drogas vegetais para resguardar a saúde dos consumidores.
https://doi.org/10.53393/rial.2012.v71.32445
PDF

Referências

1. Giveon SM, Liberman N, Klang S, Kahan E. Are people who use “natural drugs” aware of their potentially harmful side effects and reporting to family physician? Patient Educ Couns. 2004; 53:5-11.

2. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Farmacopeia Brasileira. 5ª ed. Brasília: Editora Fiocruz; 2010.

3. Chan K. Some aspects of toxic contaminants in herbal medicines. Chemosphere. 2003;52:1361-71.

4. De Smet PAGM. Health risks of herbal remedies: an update. Clin Pharmacol Ther. 2004;76:1-17.

5. World Health Organization. Quality control methods for medicinal plant materials. Geneva: WHO Press; 1998.

6. World Health Organization. WHO guidelines for assessing quality herbal medicines with reference to contaminants and residues. Geneva: WHO Press; 2007.

7. Rhodehamel EJ, Harmon SM. Bacillus cereus. In: Food and Drugs Administration. Center for Food Safety and Applied Nutrition. Bacteriological Analytical Manual Online [acesso 2011 abr 15]. Disponível em: [http://www.cfsan.fda.gov].

8. Rapper KB, Fennel DI. The genus Aspergillus. Baltimore: The Williams and Wilkins Company; 1965.

9. Pitt JI. The genus Penicillium. Sidney: Academic Press Inc; 1979.

10. Lin MT, Dianese JC. A coconut-agar medium for rapid detection of aflatoxin production by Aspergillus spp. Phytopathol. 1976;66(12):1466-9.

11. Soares LMV, Rodriguez-Amaya DB. Survey of aflatoxins, ochratoxins A, zearalenone and sterigmatocistin in some Brazilian foods by using multi-toxin thin layer chromatographic method. J AOAC. 1989;72:20-2.

12. World Health Organization. Department of Mental Health and Substance Dependence. Noncommunicable Diseases and mental Helath: Investing in Mental Health. Geneva: WHO Press; 2003

13. Bugno A, Almodovar AAB, Pereira TC, Pinto TJA, Sabino M. Occurrence of toxigenic fungi in herbal drugs. Braz J Microbiol. 2006;37:47-51.

14. Rizzo I, Vedoya G, Maurutto S, Haidukowski M, Varsavsky E. Assessment of toxigenic fungi on Argentinean medicinal herbs. Microbiol Res. 2004;159(2):113-20.

15. Pitt JI, Basilico JC, Abarca ML, Lopez C. Mycotoxins and toxigenic fungi. Med Mycol. 2000;38(Suppl 1):41-6.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2012 Julino Assunção Rodrigues Soares Neto, Eliana Rodrigues, Adriana Aparecida Buzzo Almódovar, Tatiana Caldas Pereira, Adriana Bugno

Downloads

Não há dados estatísticos.