Avaliação do quadro de estresse metabólico em ratos Wistar expostos à aflatoxina B1
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Como Citar

1.
Silva RA. Avaliação do quadro de estresse metabólico em ratos Wistar expostos à aflatoxina B1. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 1º de agosto de 2007 [citado 29º de abril de 2024];66(3):311-. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/32813

Resumo

As aflatoxinas são metabólitos secundários produzidos pelas espécies do gênero Aspergillus (A. parasiticus, A. flavus, A. nomius). Esses fungos são contaminantes naturais dos alimentos e suas micotoxinas podem causar várias doenças no homem e nos animais, constituindo um fator de risco importante para o carcinoma hepatocelular. A aflatoxina B1 (AFB1) exerce seus efeitos após conversão hepática em AFB1-epóxido, pela ação de enzimas do citocromo P-450, o qual reage com macromoléculas celulares, incluindo proteínas, RNA e DNA. O presente trabalho teve como objetivo avaliar, por meio de testes bioquímicos, morfológicos e do comportamento, os efeitos da administração da AFB1 em ratos Wistar machos. Os animais receberam uma dose diária de 0.25 mg/Kg de peso corpóreo durante 10 dias (exposição subcrônica) e foram avaliados em campo aberto e labirinto em cruz elevado. Em seguida, os ratos foram eutanasiados; o sangue e o fígado foram coletados para as análises bioquímicas e morfológicas. Os resultados dos estudos do comportamento no campo aberto mostraram redução na locomoção e um aumento na duração da imobilidade, enquanto que nenhuma diferença foi observada no labirinto em cruz elevado. Os resultados obtidos no labirinto em cruz elevado indicaram que a droga não modifica o estado de ansiedade nesse teste. Em relação à análise morfológica, a avaliação macroscópica não revelou anormalidades hepáticas e, na microscopia, observou-se ausência de infiltrado inflamatório e presença de raros hepatócitos sugestivos de apoptose. Os resultados referentes aos pesos dos animais e aos pesos relativos do fígado, mostraram que não houve diferenças significativas entre os grupos “experimental” e “controle”. As análises do sangue não mostraram diferenças estatisticamente significativas para glicose, creatinina, ácido úrico e função hepática, quando comparadas com o grupo “controle”. Entretanto, a atividade da superóxido dismutase, a capacidade antioxidante do plasma, os níveis de glutationa reduzida e concentração de grupamentos sulfidrila totais, foram significativamente diferentes dos grupos “controle”. Esses resultados evidenciam a presença de estresse oxidativo em um modelo subcrônico, o que torna preocupante a exposição à AFB1, ainda que a níveis baixos.
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Copyright (c) 2007 R. A. Silva

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