Monitoramento vetorial e do vírus Dengue, Belo Horizonte, Minas Gerais
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Como Citar

1.
Avendanha JS. Monitoramento vetorial e do vírus Dengue, Belo Horizonte, Minas Gerais. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 1º de abril de 2007 [citado 28º de abril de 2024];66(2):207-. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/32835

Resumo

O vírus dengue, agente da febre do dengue, depende do vetor Aedes aegypti para completar seu ciclo clássico homem – vetor – homem. Epidemias de dengue estão associadas a elevadas taxas de infestação pelo vetor, cujo controle é a principal forma de prevenção. O objetivo deste estudo foi avaliar o monitoramento vetorial e o viral por meio dos ovos de Aedes aegypti coletados, como ferramentas auxiliares no combate ao mosquito, no controle e na prevenção de epidemias por dengue. Na Pampulha, território monitorado, 205 ovitrampas foram instaladas e, no período compreendido entre a 28ª semana epidemiológica de 2001 e a 27ª de 2005, foram inspecionadas semanalmente para manutenção, coleta de ovos para contagem e eventual especificação. Os três índices obtidos: Índice de Positividade de Ovitrampas (IPO), Índice de Densidade Vetorial (IDV) e Índice de Densidade de Ovos (IDO) foram pareados com as notificações de casos de dengue e analisados em gráficos por séries temporais, o que possibilitou a identificação dos níveis de infestação vetorial associados ao favorecimento da circulação viral. Os índices sugeridos como limite entre situações de risco e controle foram, respectivamente, 40 para IDV e 60 para IPO e IDO. O monitoramento viral, resultante da pesquisa de larvas infectadas, não detectou circulação viral nos vetores amostrados, resultado coerente com os poucos casos de dengue confirmados no período. A associação observada entre os níveis de infestação vetorial e circulação viral confirma esse monitoramento como importante ferramenta de vigilância, pela capacidade demonstrada em indicar risco de epidemia. O acompanhamento contínuo dos níveis de infestação vetorial juntamente com a possibilidade de monitorar a circulação viral através de pesquisa viral nas larvas obtidas dos ovos coletados justificam a implantação e a manutenção desse tipo de monitoramento.
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Copyright (c) 2007 J. S. Avendanha

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