Perfil dos principais componentes em bebidas energéticas: cafeína, taurina, guaraná e glucoronolactona

Autores

  • Joelia Marques de Carvalho Universidade Federal do Ceará, Departamento de Tecnologia de Alimentos, Fortaleza, CE
  • Geraldo Arraes Maia Universidade Federal do Ceará, Departamento de Tecnologia de Alimentos, Fortaleza, CE
  • Paulo H. M. de Sousa Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG
  • Sueli Rodrigues Universidade Federal do Ceará, Departamento de Tecnologia de Alimentos, Fortaleza, CE

Palavras-chave:

bebida energética, composição, cafeína, taurina, glucoronolactona

Resumo

As chamadas bebidas energéticas tiveram um grande crescimento no mercado nacional e internacional, principalmente entre os jovens e praticantes de atividades esportivas, seus maiores consumidores. Este trabalho apresenta uma revisão de literatura sobre os componentes mais comuns presentes nas bebidas energéticas: cafeína, taurina, guaraná e glucoronolactona, dando ênfase à legislação do Brasil, composição, ação sobre o organismo, aspectos toxicológicos e metabólicos. As pesquisas e estudos publicados demonstram que ainda há muitas divergências em relação às concentrações adequadas para o uso destes componentes na formulação destas bebidas e que se faz necessário maiores estudos sobre a interação destes componentes com outras substâncias como o álcool, uma vez que as bebidas energéticas são frequentemente consumidas misturadas às bebidas alcoólicas com a finalidade de potencializar o efeito do álcool.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

1. Finnegan D. The health effects of stimulant drinks. Nutrition Bulletin. 2003;28:147-55.

2. Drogas y Temas Asociados. 2003. [acesso em 2003 nov 13]. Disponível em URL: http://www.usb-med.edu.co/unidades/ciaf/temas.htm.

3. Safefood - The Food Safety Promotion Board. A review of the health effects ofstimulant drinks - Final report. 2002. [acesso 2003 nov 16]. Disponível em URL:http://www.safefoodonline.com/pdf/health_effects_of_stimulant_drinks.pdf.

4. Hilliam M. The Market for Funcional Foods. Int Dairy Journal. 1998; 8:349–53.

5. Bonce L. Energy Drinks: ¿ayudan, perjudican ó hiperenergizan? [acesso 2003nov 25]. Disponível em URL: http://www.nutrinfo.com.ar.

6. Healey ID. Sport drinks and functional ingredients. Drink Technology &Marketing 2004; 8(1):14–5.

7. Amendola C, Iannilli I, Restuccia D, Santini I, Vinci G. Multivariate statisticalanalysis comparing sport and energy drinks.Innovative Food Science &Emerging Technologies 2004; 5: 263–7.

8. Brasil. Resolução RDC n° 273, de 22 de set. de 2005 da Secretaria deVigilância Sanitária do Ministério da Saúde. Diário Oficial [da] RepúblicaFederativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 22 set. 2005. Seção 1,n°184, p. 375-6.

9. Brasil. Portaria n° 868, de 3 de nov. de 1998 da Secretaria de VigilânciaSanitária do Ministério da Saúde. Diário Oficial [da] República Federativado Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 05 nov. 1998.

10. Brasil. Portaria n° 222, de 24 de mar. de 1998 da Secretaria de VigilânciaSanitária do Ministério da Saúde. Diário Oficial [da] República Federativado Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 22 mar. 1998.

11.Smit HJ, Rogers PJ. Effects of ‘energy’ drinks on mood and mental performance:critical methodology. Food Quality and Preference. 2002; 13:317–26.

12. Carrilo JA, Benitez J. Clinically significant pharmacokinetic interactionsbetween dietary caffeine and medications. Clin Pharmacokinetic. 2000:39(2):127–53.

13. Australian Institute of Sport - AIS. Caffeine and Sport Performance. 2001.[acesso 13 nov 2003]. Disponível em URL: http://www.ausport.gov.au/ais/nutrition/suppcaffws.htm.

14. Roberts HR, Barone JJ. Biological Effects of Caffeine – History and Use.FoodTechnology. 1983; 37(9):32–9.

15. Ballone JG. Psiqweb - Cafeína.2003. [acesso em 13 nov 2003]. Disponívelem URL: http://www.psiqweb.med.brl.

16. Araújo MCP, Mello JSR, Oiano-Neto J, Castro IM. Quantificação de cafeínaem bebidas comerciais tipo energético (energy drink) via metodologia deCLAE aprovada em ensaio interlaboratorial.In: 5° Simpósio Latino Americanode Ciência de Alimentos, Campinas, São Paulo, 2003, CD-ROM.

17. Wong DWS. Química de los alimentos – mecanismos y teoría.Zaragoza,España: Editorial Acribia; 1995.

18. Borstel RWV. Biological Effects of Caffeine – Metabolism. Food Technology1983; 37(9):40–3.

19. Scientific Committee on Food – SCF. Opinion on caffeine, taurine and D –glucorono-δ-lactona as contituennts of so-called ‘energy drinks’. 1999. [acessoem 16 nov 2003]. Disponível em URL:http://europa.euint/comm/food/fs/sc/scf/out22_en.html.

20. Institute of Food Technologist. Evaluation of Caffeine Safety - A ScientificStatus Summary by the Institute of Food Technologist’s Expert Panel on FoodSafety & Nutrition; 1987. 1-6.

21. Arnaud MJ, Murray C, Youssif A, Milon H, Devoe LD. Caffeine consumptionand metabolism in pregnant women during the third-trimester pregnancy.Switzerland:Nestlé Research Center;1993.

22. Cafeína y Salud.[acesso em: 20 out 2003]. Disponível em URL: http://www.caffeineandhealth.net/AboutUs1.htm.

23. Nehlig A, Daval JL, Debry G. Caffeine and the central nervous system:mechanisms of action, biochemical, metabolic and psychostimulant effects.Brain Res Rev. 1992; 17(2):139-70.

24. Ratliff-Crain J, Kane J. Predictors for altering caffeine consumption duringstress. Addictive Behaviors. 1995; 20(4):509–16.

25. Noordzij M, Uiterwaal CS, Arends LR, Kok FJ, Grobbee DE, Geleijnse JM.Blood pressure response to chronic intake of coffee and caffeine: a meta-analysis of randomized controlled trials. J Hypertens. 2005; 23(5):921–8.

26. Fitfazio. Cafeína – saúde e performance.[acesso em: 13 nov 2003]. Disponívelem URL: http://www.fitfazio.hpg.ig.com.br/cafeina.html.

27. Ferreira SE, Mello MT, Formigoni MLOS. O efeito das bebidas alcoólicaspode ser afetado pela combinação com bebidas energéticas? Um estudo comusuários. Rev Assoc Med Brás. 2004; 60(1):48–51.

28. Ferreira SE, Quadros IMH, Trindade AA, Takahashi S, Koyama RG, Sousa-Formigoni, MLO. Can energy drinks reduce the depressor effect of ethanol?An experimental study in mice. Physiology & Behavior. 2004; 82:841–7.

29. Reyner LA, Horne JA. Efficacy of a ‘functional energy drink’ in counteractingdriver sleepiness. Physiology Behavior. 2002; 75:331–5.

30. Gyllenhaal C, Merritt SL, Peterson SD, Block KI, Gochenour T. Efficacy andsafety of herbal stimulants and sedatives in sleep disorders. Sleep MedicineReviews. 2000; 4(3):229–51.

31. Cristian MS, Brent RL. Teratogen update: evaluation of reproductive anddevelopmental risks of caffeine. Teratology. 2001; 64(1):51-8.

32. Santa-María A, Días MM, López A, Miguel MT, Fernández MJ, Ortiz AI. Invitro Toxicity of Stimulant solft drinks. Ecotoxicology and EnvironmentalSafety. 2002; 53:70-2.

33. Lindsay, RC. Flavor. In:Fennema, OR. Química de los alimentos.Zaragoza,España: Editorial Acribia;1993. p. 666 –7.

34. Grahan TE. Caffeine and exercise: metabolism, endurance and performance.Sports Med. 2001;31(11):785-807.

35. Rogers NL, Dinges DF. Caffeine: implications for alertness in athletes. Clin.Sports Méd. 2005; 24(2):1-13.

36. Berning JR. Nutrição para treinamento e desempenho atléticos. In:MahanLK, Scott-Stump S. Krause: Alimentos, nutrição e dietoterapia.10° ed. SãoPaulo: Roca; 2002. p. 517– 38.

37. Del Río HS. La taurina: esse aminoácido desconocido. [acesso em 22 ago 2003.Disponível em URL: http://www.hector.solorzano.com/articulos/taurina.html.

38. Kingston R, Kearns S, Kelly C, Murray P. Effects of systemic and regionaltaurine on skeletal muscle function following ischaemia–reperfusion injury. JOrthopaedic Res.2005; 23:310–4.

39. Kuriyama K, Hashimoto T. Interrelationship between taurine and GABA.Adv Exp Med Biol. 1998; 44(2):329-37.

40. Seis bebidas “energéticas”, al laboratorio: mais que energéticas, sonestimulantes. [acesso em 12 nov 2004]. Disponível em URL: http://revista.consumer.es/web/es/20020601/actualidad/analisis1/?print=true.

41. Dias RA. Perfil de Oportunidade de Investimento na Industrialização deGuaraná. Amazonas: Centro de assistência Gerencial à Pequena e MédiaEmpresa do Estado do Amazonas – CEAG-AM, Série Perfil Industrial,1979.

42. Costa RSC. Testes de Clones de Guaranazeiro em Rondônia.In:Simpósio de InovaçõesTecnológicas e Gerenciais - FRUTAL 2001. Fortaleza: FRUTAL; 2001 (CD-ROM)

43. Tfouni SAV, Toledo MCF, Camargo MCR, Vitorino SHP. Determinação decafeína em guaraná em pó (Paullinia cupana). In: 5° Simpósio LatinoAmericano de Ciência de Alimentos. Campinas, 2003. CD-ROM.

44. Angelucci E, Tocchini RP, Lazarine VB. Caracterização Química da Sementede Guaraná (Paullinia cupana var. sorbilis Ducke). Boletim do Instituto deTecnologia de Alimentos 1978; 56: 183–92.

45. Magna A, Salomão AA. Vila MMDC, Tubino M. Comparative Study of twoSpectrophotometric Reagents for Catecol Analysis in Guaraná Seeds Powder.J Braz Chem Soc. 2003; 14(1):129–32.

Downloads

Publicado

2006-04-01

Como Citar

Carvalho, J. M. de, Maia, G. A., Sousa, P. H. M. de, & Rodrigues, S. (2006). Perfil dos principais componentes em bebidas energéticas: cafeína, taurina, guaraná e glucoronolactona. Revista Do Instituto Adolfo Lutz, 65(2), 78–85. Recuperado de https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/32876

Edição

Seção

ARTIGO DE REVISÃO