Susceptibilidade antimicrobiana de cepas de Staphylococcus aureus e Salmonella spp. isoladas de alimentos [...] ocorridos na região noroeste do Estado de São Paulo, no período de abril de 1990 a dezembro de 2003
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Palavras-chave

resistência aos antimicrobianos
Staphylococcus aureus
Salmonella spp.
surtos de doenças transmitidas por alimentos
alimentos

Como Citar

1.
Peresi JTM, Almeida IAZC de, Cardiga EA, Marques DF, Carnicel FA, Hoffmann FL. Susceptibilidade antimicrobiana de cepas de Staphylococcus aureus e Salmonella spp. isoladas de alimentos [. ] ocorridos na região noroeste do Estado de São Paulo, no período de abril de 1990 a dezembro de 2003. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 1º de abril de 2006 [citado 29º de março de 2024];65(2):112-7. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/32882

Resumo

Título completo: Susceptibilidade antimicrobiana de cepas de Staphylococcus aureus e Salmonella spp. isoladas de alimentos envolvidos em surtos de doenças bacterianas transmitidas por alimentos, ocorridos na região noroeste do Estado de São Paulo, no período de abril de 1990 a dezembro de 2003

Na década de 1990, a resistência aos antimicrobianos emergiu em nível mundial como um dos temas de maior interesse em saúde pública. Ciente do fato, este estudo teve como objetivo avaliar a susceptibilidade antimicrobiana de cepas de Staphylococcus aureus e Salmonella spp. isoladas de alimentos incriminados em surtos de doenças de origem alimentar, ocorridos na região noroeste do Estado de São Paulo, no período de abril de 1990 a dezembro de 2003. Foram analisadas, segundo o método de difusão com disco em ágar, 25 (67,6%) das 37 cepas de S. aureus envolvidas nos surtos, a partir de 1992 e 31 (96,9%) das 32 cepas de Salmonella, a partir de 1990. Das cepas de S. aureus, 8 (32,0%) foram sensíveis a todos os antimicrobianos, quatro (16,0%) resistentes a um antimicrobiano; 10 (40,0%) a dois; dois (8,0%) a três e um (4,0%) a quatro. Os maiores percentuais de resistência foram frente à penicilina (56,0%), seguido de azitromicina e tetraciclina (20,0%), oxacilina (16,0%) e cloranfenicol (12,0%). Das cepas de S. Enteritidis, 12 (48,0%) apresentaram perfil de resistência intermediária à tetraciclina. Em relação aos demais sorotipos de Salmonella, foi observada a presença de resistência em duas (33,3%) das 6 cepas analisadas, ambas S. Typhimurium, sendo uma resistente à ampicilina e outra à tetraciclina. A vigilância da resistência antimicrobiana é um dos passos essenciais para o desenvolvimento de estratégias de controle visando a eficiência da terapia antimicrobiana e minimização dos riscos em saúde pública.

https://doi.org/10.53393/rial.2006.65.32882
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Copyright (c) 2006 Jacqueline Tanury Macruz Peresi, Ivete Aparecida Zago Castanheira de Almeida, Elisabete Alves Cardiga, Denise Fusco Marques, Fátima Aparecida Carnicel, Fernando Leite Hoffmann

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