Estudo comparativo entre os métodos in vivo e in vitro na análise toxicológica de produtos de higiene descartáveis e sua avaliação microbiológica
PDF

Palavras-chave

dermatite das fraldas
citotoxicidade
eritema
qualidade microbiológica

Como Citar

1.
Miyamaru LL, Bárbara MCS, Cruz Áurea S, Ikeda TI, Sakuma H, Zenebon O. Estudo comparativo entre os métodos in vivo e in vitro na análise toxicológica de produtos de higiene descartáveis e sua avaliação microbiológica. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 1º de abril de 2006 [citado 4º de dezembro de 2024];65(2):118-22. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/32883

Resumo

Os objetivos deste trabalho foram comparar os métodos in vivo e in vitro na avaliação da toxicidade dérmica e estimar a qualidade microbiológica de 60 amostras de produtos de higiene descartáveis comercializados na cidade de São Paulo. Nos testes de toxicidade in vivo foram utilizados o “Método de Draize” e o “Método Modificado por Magnusson e Kligman” e nos testes in vitro o Método de “difusão em agar”, empregando as linhagens celulares, NCTC clone 929 (ATCC- CCL1) e SIRC (ATCC-CCL- 60). A análise microbiológica foi realizada de acordo com o “Bacteriological Analytical Manual On Line”, 2001. Os produtos analisados não apresentaram irritação dérmica primária, cumulativa e sensibilização cutânea, mas nos testes in vitro, foi observada em 18 amostras toxicidade leve à severa, com índice de zona (IZ) variando de 2,0 - 4,0 nas duas linhagens celulares testadas. A análise microbiológica apresentou número elevado de bactérias aeróbias mesófilas, resultados positivos para bolores, presença de Enterobacter sp, Enterobacter agglomerans e Enterobacter cloacae. De acordo com os resultados obtidos e para garantir a segurança da saúde do usuário recomenda-se que, além dos testes já mencionados pela legislação vigente, seja também preconizado teste de citotoxicidade in vitro, para os produtos de uso interno e externo. A realização prévia deste teste pode se constituir em mecanismo de triagem.
https://doi.org/10.53393/rial.2006.65.32883
PDF

Referências

1. Brasil. Portaria nº1480 de 1990 do Ministério da Saúde. Regulamento Técnico para o controle de produtos absorventes higiênicos descartáveis, de uso externoe intra-vaginal. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 7 jan.1991, Seção 1, p.295-301.

2. Cruz AS, Figueiredo CA, Ikeda TI, Vasconcelos ACE, Cardoso JB, SallesGomes LF. Comparação de métodos para testar a citotoxicidade in vitro de materiais biocompatíveis. Rev Saúde Pública 1998;32(2):153-9.

3. Pinto TJA, Azevedo JC, Cruz AS. Comparative study of epithelial and fibroblastic cell lines as an alternative cytotoxicity test to the Draize Method. JAOAC Int 2000; 83(3): 665-8.

4. Zanini M, Wulkan C, Paschoal LHC, Paschoal FM. Erupção pápulo-ulcerativana região da fralda: relato de um caso de dermatite de Jacquet. An. Bras.Dermatol 2003; 78(3).

5. Atherton DJ. The aetiology and management of irritant diaper dermatitis. European Academy of Dermatology and Venereology. JEADV 2001;15(Suppl.1):1-4.

6. Atherton DJ. A Review of the Pathophsiology, prevention and treatment of irritant diaper dermatitis. Curr Med Res Opin 2004; 20(5):645-9.

7. Shin HT. Diaper dermatitis that does not quit. Dermatol Ther 2005;18(2): 124-35.

8. Kazaks EL, Lane AT. Diaper dermatitis Pedriatric Dermatology 2000;47(4):909-19.

9. Wolf R, Wolf D, Tuzun B, Tuzun Y. Diaper dermatitis. Clinics in Dermatology 2000; 18(6):657-60.

10. American Society for Testing and Materials [ASTM]. F719. Standard practicefor testing biomaterials in rabbits for primary skin irritation. Philadelphia: ASTM, 1996.

11.Draize JH. Dermal Toxicity in Appraisal of the Safety of Chemicals in Foods,Drugs, and Cosmetics. Association of Food and Drug Officials of the United States, Austin, Texas, 1959.

12. Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde. Manual de irritação dérmica primária e repetida, Rio de Janeiro, 2001.

13. International Organization for Standardization [BS EN ISO] 10993-10. Biological evaluation of medical devices tests for irritation and sensitization.Geneva,1996.

14. American Society for Testing and Materials [ASTM], F 720-81. Standardpractice for testing guinea pigs for contact allergens: guinea pigs maximizationtest. Philadelphia, 1996.

15. Magnusson B, Kligman, A. Allergic contact dermatitis in the guinea pig. Thomas CC, Springfield IL, 1970.

16.International Organization For Standardization [BS EN ISO] 10993-05: Biological evaluation of medical devices tests for in vitro cytotoxicity. Geneva, 1992.

17. UNITED. States Pharmacopeia. 28 ed. Rockville: United States Pharmacopeial Convention, 2005 p.2268-9.

18. Bacteriological Analytical Manual On line, 2001. Disponível em http//:www.cfsan.fda.gov/~ebam/bam-4.html.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2006 Lígia L. Miyamaru, Maria Cristina Santa Bárbara, Áurea Silveira Cruz, Tamiko I. Ikeda, Harumi Sakuma, Odair Zenebon

Downloads

Não há dados estatísticos.