Detecção de Vibrio cholerae O1 em ostras utilizando anticorpo monoclonal em ensaio de aglutinação
PDF

Palavras-chave

V. cholerae
anticorpo monoclonal
ostras
ensaio diagnóstico
reação de aglutinação

Como Citar

1.
Ristori CA, Rowlands REG, Jakabi M, Gelli DS, Scola MCG, Gaspari EN de. Detecção de Vibrio cholerae O1 em ostras utilizando anticorpo monoclonal em ensaio de aglutinação. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 1º de abril de 2006 [citado 25º de abril de 2024];65(2):127-32. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/32885

Resumo

O V. cholerae sorogrupo O1 é o agente etiológico da cólera pandêmica, sendo considerado dentre os víbrios patogênicos ao homem, o mais importante. Os sintomas das infecções por esta bactéria variam de diarréia branda a doença grave podendo até levar a óbito. Dentre os alimentos marinhos, as ostras representam uma das principais vias na transmissão de cólera. Os métodos convencionais para detecção do V. cholerae O1 são laboriosos e demorados havendo, portando, a necessidade de implantar métodos rápidos, sensíveis, específicos, simples e de baixo custo. O objetivo deste estudo foi avaliar a técnica de aglutinação de partículas de látex sensibilizadas com anticorpo monoclonal (AcMo) na detecção de V. cholerae O1 em ostras, contaminadas laboratorialmente. A técnica de aglutinação com látex sensibilizado detectou 1,2x102 UFC da bactéria (diluição 1/32). As amostras de ostras utilizadas para contaminação originalmente não continham V. cholerae, mas outras bactérias foram detectadas, tais como: Proteus mirabilis, Pseudomonas spp. e outros víbrios. O presente estudo demonstrou que a detecção de V. cholerae em alimentos foi reduzida para 18 horas, considerando que pela metodologia convencional a análise é finalizada, em média, em 7 dias. O AcMo produzido apresentou uma sensibilidade e especificidade de 100% para V. cholerae.
https://doi.org/10.53393/rial.2006.65.32885
PDF

Referências

1. Faruque SM, Albert MJ, Mekalanos JJ. Epidemiology, Genetics and Ecologyof Toxigenic Vibriocholerae. Microbiol Mol Biol Rev 1998; 62 (4): 1301-14.

2. Shimada T et al. Two strains of Vibriocholerae non-O1 possessing somatic(O) antigen factors in common with Vibriocholerae serogroup O139 synonym“Bengal”. Curr Microbiol 1994; 29: 331-3.

3. Yamai S, Okitsu T, Shimada T, Katsube Y. Distribution of serogroups of Vibriocholerae non-O1 non-O139 with specific reference to their ability to producecholera toxin and addition of novel serogroups. Journal of the Japanese Association for Infectious Diseases 1997; 71: 1037–45.

4. Albert MJ et al. Large epidemic of cholera-like disease in Bangladesh causedby Vibriocholerae O139 synonym Bengal. Lancet 1993; 342: 387-90.

5. Shimada T et al. Outbreak of Vibriocholerae non-O1 in Índia and Bangladesh. Lancet 1993; 341:1347.

6. Carvajal GH, Sanchez J, Ayala ME, Hase A. Differences among marine andhospital strains of Vibrio cholerae during Peruvian epidemic. J Gen Appl Microbiol 1998; 44(1):27-33.

7. Eyles MJ, Davey GR. Vibriocholerae and enteric bacteria in oyster-producingareas of two urban estuaries in Australia. Int J Food Microbiol 1998; 6: 207-18.

8. Borroto RJ. La ecología de Vibriocholerae serogrupo O1 en ambientesacuáticos. Rev Panam Salud Publica 1997; 1(1):3-8.

9. Varnam AH, Evans MG. Foodborne pathogens. London: Wolfe Publishing;1991.

10. Tauxe RV, Mintz ED, Quick RE. Epidemiologic Cholera in the New World: Translating Field Epidemiology into New Prevention Strategies. Emerg Infect Dis 1995; 1(4):141-6.

11.Lipp EK, Rose JB. The role of seafood in foodborne diseases in the United States of America. Rev Sci Tech Off Int Epiz Paris 1997; 16(2):620-40.

12. Klontz KC, Tauxe RV, Cook WL, Rilley WH, Wachsmuth K. Cholera afterthe consumption of raw oysters. Ann Inter Med 1991; 107(6): 846-8.

13. D’oro LC, Merlo E, Ariano E, Silvestri MG, Ceraminiello A, Negri E, LaVecchia C. La Vibriocholerae Outbreak in Italy. Emerg Infect Dis 1999;5(2):300-1.

14. Germani Y, Quilici ML, Glaziou P, Mattera D, Morvan J, Fournier J M.Emergence of Cholera in the Central African Republic. Eur J Clin Microbiol Infect Dis 1998; 17: 888-90.

15. Tauxe RV. Emerging Foodborne Diseases: An Evolving Public Health Challenge. Emerg Infect Dis 1997; 3(4): 425-34.

16. Ministério da Saúde - Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS). Cólera: a situação da doença no Brasil. Disponível em: http://portal.saude.gov.br/portal/svs/visualizar_texto.cfm?idtxt=21688. Acesso em: 28 de ago. 2006.

17. ICMSF. Microorganisms in foods 5 – Microbiological Specifications of Food Pathogens. London: Blackie Academic, 1996. 513p.

18. Kohler G, Milstein C. Continuous cultures of fused cells secreting antibody ofpredefined specificity. Nature 1975; 256: 495-7.

19. Peterson NC. Advances in monoclonal antibody technology: genetic engineeringof mice, cells, and immunoglobulins. ILAR J 2005; 46(3):314-9.

20. Belo EF, Coutinho LM, Ferraz AS, De Gaspari EN. Production of monoclonalantibody to subtype 9 of Neisseria meningitidis and the distribution of thissubtype in Brazil. Braz J Infect Dis 2004; 8(6): 407-18.

21. De Gaspari EN, Zollinger W. Expression of class 5 antigens by meningococcalstrains obtained from patients in Brazil and evaluation of two new monoclonalantibodies. Braz J Infect Dis 2001; 5(3):143-53.

22. De Gaspari EN. Production and characterization of a new monoclonalantibody against Neisseria meningitidis: study of the cross-reactivity withdifferent bacterial genera. Hybridoma 2000; 19(6): 445-53.

23. Espindola NM, De Gaspari EN, Nakamura PM, VAZ, AJ. Production ofmonoclonal antibodies anti-Taenia crassiceps cysticerci with cross-reactivitywith Taenia solium antigens. Rev Inst Med Trop São Paulo 2000; 42(3):175-7.

24. De-Gaspari EN, Ribeiro-Filho AA, Zollinger WD. The use of filter papermonoclonal antibodies in a Dot-blot test for typing Neisseria meningitidis B.Braz J Med Biol Res 1994; 27(12):2889-93.

25. Holmdah lR, Moran T, Andersson M. A rapid and efficient immunizationprotocol for production of monoclonal antibodies reactive with autoantigens. J Immunol Methods 1985; 83:379-84.

26. Chackerian B, Lowy DR, Schiller JT. Conjugation of a self-antigen topapillomavirus-like particles allows for efficient induction of protectiveautoantibodies. J Clin Invest 2001; 108:415-23.

27. Towbin H, Staehelin T, Gordon J. Electrophoretic transfer of proteins frompolyacrylamide gels to nitrocellulose sheets: procedure and some applications. Biotechnology. 1992; 24:145–9.

28. Laemmli UK. Cleavage of structural proteins during the assembly of the headof bacteriophage T4. Nature 1970; 227: 680-5.

29. DePaola AJr, Kaysner CA. “Vibrio”. In: FDA – Bacteriological AnalyticalManual online. New York: AOAC International, 2001. Disponível em: http://www.cfsan.fda.gov/~ebam/bam-9.html. Acesso em: 10 de abr. 2005.

30. Carmo MAS. Estudo da imunogenicidade da proteína de classe 5C de Neisseria meningitidis B em camundongos imunizados pela via nasal. (Dissertação de Mestrado). São Paulo (SP): Programa de Pós-Graduação em Ciências da Coordenadoria de Controle de Doenças da Secretaria de Estadoda Saúde de São Paulo, 2005.

31. Coutinho, LMCC. Uso de anticorpos monoclonais na seleção de antígenos lipopolissacáride da cepa epidêmica de B:4:P1.15 de Neisseria meningitidis: Imunização intranasal. (Dissertação de Mestrado). São Paulo (SP): Faculdadede Ciências Farmacêuticas, Universidade de São Paulo, 2002.

32. Seneme Ferraz A. Avaliação da resposta imune em coelhos pela via de imunização nasal com antígenos de Neisseria meningitidis B selecionados para os imunotipos L379↑ e L8↑ por meio de anticorpos monoclonais.(Dissertação de Mestrado). São Paulo (SP): Programa de Pós-Graduação emCiências da Coordenadoria de Controle de Doenças da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, 2005.

33. Belo EFT. Expressão antigênica de LPS de cepas meningocócicas prevalentesno Brasil e produção de anticorpos monoclonais como subsídios para estudosepidemiológicos. Dissertação (Mestrado em Análises Clinicas) - Faculdadede Ciências Farmacêuticas, Universidade de São Paulo, 2002.

34. Ansell PR. Hybridoma technology: a view from the patent arena. ImmunolToday 2000; 21(8): 357-8.

35. Bach JF, Fracchia GN, Chatenoud L. Safety and efficacy of therapeuticmonoclonal antibodies in clinical therapy. Immunol Today 1993; 14:421- 5.

36. Ristori CA. Bactérias patogênicas em ostras (Crassostrea brasiliana) e águada região estuarina de Cananéia, litoral sul do Estado de São Paulo.(Dissertação de Mestrado). São Paulo (SP): Instituto de Ciências Biomédicas, Universidade de São Paulo, 2000.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2006 Christiane Asturiano Ristori, Ruth Estela Gravato Rowlands, Miyoko Jakabi, Dilma Scala Gelli, Mônica C. G. Scola, Elizabeth N. de Gaspari

Downloads

Não há dados estatísticos.