Prevalência de contaminação bacteriana em estetoscópios
PDF

Palavras-chave

estetoscópio
contaminação biológica
infecções nosocomiais
atenção primária de saúde
unidades de cuidados intensivos
profissionais da saúde

Como Citar

1.
Dutra LGB, Neto HB do N, Nedel FB, Lobo EA. Prevalência de contaminação bacteriana em estetoscópios. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 22º de fevereiro de 2012 [citado 20º de abril de 2024];72(2):155-60. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/32911

Resumo

clínico de pacientes e esse aparelho pode atuar como veículo de transmissão de micro-organismos. Neste
trabalho, foi avaliada a prevalência da contaminação bacteriana em estetoscópios utilizados em diferentes
unidades de saúde em Santa Cruz do Sul - RS, nas práticas de limpeza utilizadas pelos usuários, bem como o grau de informação dos profissionais sobre os procedimentos de limpeza. Foi realizado estudo observacional, transversal e analítico em 2011, foram analisados 81 estetoscópios usados em unidades básicas de saúde e unidades de terapia intensiva, pediátricos e adultos, e um questionário foi aplicado. Dos 81 estetoscópios, 96,2 % estavam contaminados e Staphylococcus aureus foi o micro-organismo mais frequentemente detectado; 55,2 % dos profissionais afirmaram que realizam a desinfecção de estetoscópios, sendo 58,8 % médicos e 52,3 % profissionais de enfermagem. Ademais, 85,7 % dos funcionários da enfermagem e 64,7% dos médicos afirmaram que não receberam orientação por parte de instituições em
que trabalham sobre os procedimentos para a limpeza dos estetoscópios. A significativa prevalência de contaminação bacteriana detectada nos estetoscópios analisados (96,2 %) demonstra a existência de risco potencial de contaminação cruzada de infecções nosocomiais.

https://doi.org/10.18241/0073-98552013721557
PDF

Referências

1. Panhotra BR, Saxena, AK, Al-Mulhim, AS. Contaminated physician’s stethoscope – a potential source of transmission of infection in the hospital. Need of frequent disinfection after use. SaudiMed J. 2005;26(2):348-50.

2. Sanders S. The stethoscope and cross-infection revisited. Br J GenPract. 2005;55(510):54-5.

3. Wood MW, Lund RC, Stevenson KB. Bacterial contamination of stethoscopes with antimicrobial diaphragm covers. Am J Infect Contr. 2007;35(4):263-6.

4. Portugal. Ministério da Saúde.Programa Nacional de Prevenção e Controlo da Infecção Associada aos Cuidados de Saúde (PNCI). Lisboa. 2007. [acesso 4 Set 2010]. Disponível em: [http://www.acs.min-saude.pt/pns2011-2016/files/2010/07/PNCI-2007.pdf ].

5. Treakle AM, Thom KA, Furuno JP, Strauss SM, Harris AD, Perencevich EN et al. Bacterial contamination of the white coats of the health care workers. Am J Infect Contr. 2009;37:101-5.

6. Jones JS, Hoerle D, Riekse R. Stethoscopes: A potential vector of infection? Ann of Emerg Med. 1995;26(3):296-9.

7. Wright IMR, Orrt H, Porter C. Stethoscope contamination in the neonatal intensive care unit. J Hosp Infect. 1995;29:65-8.

8. Wenzel R. The economics of nosocomial infections. J Hosp Infect. 1995;31:79-87.

9. Oplustil CP, Zoccoli CM, Tobouti NR, Sinto IS. Procedimentos básicos em microbiologia clínica. 3ª. ed. São Paulo: Sarvier; 2010.

10. Callegari-Jacques, SM. Bioestatística. Princípios e Aplicações. Porto Alegre: Artmed; 2006.

11. Hair JF, Anderson RE, Tatham RL, Black WC. Análise Multivariada de Dados, 5ª ed. Porto Alegre: Bookman; 2005.

12. Hammer O, Harper DAT, Ryan PD. PAST: Paleontological Statistics Software Package for Education and Data Analysis. Palaeontol Electr. 2001;4(1):1-9.

13. Saloojee H, Steenhoff A. The health professional’s role in preventing nosocomial infections. Postgrad Med J. 2001; 77: 16-9.

14. Xavier MS, Ueno M. Contaminação bacteriana de estetoscópios das unidades de pediatria em um hospital universitário. Rev Soc Bras Med Trop. 2009;42(2):217-8.

15. Zuliani Maluf ME, Maldonado AF, Bercial ME, Pedroso SA. Stethoscope: a friend or an enemy? São Paulo Med J. 2002;120(1):13-5.

16. Uneke CJ, Ogbonna A, Oyibo PG, Onu CM. Bacterial contamination of stethoscopes. J Infect Dev Ctries. 2010;4(7):436-41.

17. Mitchell A, Dealwis N, Collins J, Chew K, Taylor R, Schwab U et al. Stethoscope or ‘Staphoscope’? Infection by auscultation. J Hosp Infect. 2010;76(3):278-9.

18. Uneke CJ, Ogbonna A, Oyibo PG, Ekuma U. Bacteriological assessment of stethoscopes used by medical students in Nigeria: implications for nosocomial infection control. World Health Popul. 2008;10(4):53-61.

19. Camello TCF, Mattos-Guaraldi AL, Formiga LCD, Marques EA. Corynebacterium spp. isoladas a partir de espécimes clínicos de pacientes de Hospital Universitário, Rio de Janeiro, Brasil. Braz J Microbiol. 2003;34(1):39-44.

20. Youngster I, Berkovitch M, Heyman E, Lazarovitch Z, Goldman M. The stethoscope as a vector of infectious diseases in the pediatric division. Acta Paediatr. 2008;97(9):1253-5.

21. Paterson DL. Resistance in gram-negative bacteria: Enterobacteriaceae. AJIC. 2006;34(5):20-8.

22. Chau JP, Thompson DR, Lee DT, Twinn S. Infection control practices among hospital health and support workers in Hong Kong. J Hosp Infect. 2010;75(4):299-303.

23. Cohen HA, Amir J, Matalon A, Mayan R, Beni S, Barzilai A. Stethoscopes and otoscopes-a potential vector of infection? Fam Pract. 1997;14(6):446-9.

24. Madar R, Novakova E, Baska T. The role of non-critical helth-care tools in the transmission of nosocomial infections. Bratisl Lek Listy. 2005;106:348-50.

25. BRASIL. Ministério da Saúde. Coordenação de Controle de Infecção Hospitalar. Processamento de artigos e superfícies em estabelecimentos de saúde. 2ª ed. Brasília: Ministério da Saúde, 1994.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2012 Lauro Gilvan Batista Dutra, Henrique Borges do Nascimento Neto, Fúlvio Borges Nedel, Eduardo Alexis Lobo

Downloads

Não há dados estatísticos.