Resumo
Com culturas do Paracoccidioides brasiliensis em sua variante cerebriforme consegue-se infectar ovos embrionados. Em poucos dias obtêm-se lesões típicas e constantes. Seja em membrana cório-alantóide ou em folheto alantoideano visceral, as lesões são de caráter francamente granulomatoso. As retroculturas obtidas a partir de lesões na cório-alantóide ou no folheto alantoideano visceral cresceram em 6 dias, quando mantidas a 37°C, e em 7 dias à temperatura ambiente. Ao exame direto de material destas lesões evidencia-se enorme quantidade de Paracoccidioides. Devido ao tipo de lesão obtida em folheto alantoideano visceral e por ser esta membrana muito fina, pode-se observar o fungo tal qual se apresenta nos tubérculos, sem ficar sua morfologia prejudicada por cortes ou artifícios de técnica. O líquido alantóico de ovos inoculados na vesícula alantoideana, injetado em camundongos, por via peritoneal, mostrou ser infectante. Estes camundongos sacrificados após 2 meses, apresentaram enfartamento dos gânglios mesentéricos, onde foram encontradas inúmeras formas típicas do fungo. Nossos estudos abrem campo a novas observações sobre a morfologia apresentada pelo Paracoccidioides brasiliensis nas lesões granulomatosas, permitindo ainda verificação do poder de certas drogas, principalmente quimioterápicos e antibióticos, sobre o agente da blastomicose sul-americana.Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright (c) 1950 Elias Lemos Monteiro, Floriano Almeida, Roberto de Almeida Moura
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