Sobre uma nova variedade de pêssego contendo amido
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Como Citar

1.
Menezes Júnior JBF de. Sobre uma nova variedade de pêssego contendo amido. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 4º de janeiro de 1958 [citado 4º de maio de 2024];18(1-2):133-44. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/33320

Resumo

O autor esclarece que a pessegada ou doce de pêssego em massa, preparado industrialmente com pêssegos verdes, jamais apresentou reação positiva de amido em análises realizadas em quase vinte anos de trabalhos de rotina nos Laboratórios do Instituto Adolfo Lutz. Notou que, ultimamente, as pessegadas, submetidas a exame microscópico, apresentavam células amilíferas do tipo das encontradas no chuchu, banana, batata doce, abóbora, sem, entretanto, estarem presentes os demais elementos histológicos típicos destas substâncias. Concluiu, então, serem tais células amilíferas pertencentes a uma "nova variedade" de pêssego ainda desconhecida. Depois de localizada a procedência de tais frutos em Delfim Moreira, Estado de Minas Gerais, o autor fez estudos e observações durante três safras seguidas. O pêssego estudado possui as seguintes características: fruto de tamanho médio, forma oblongo-arredondada, polpa branco-amarelada, sutura não acentuada, ponta pouco saliente; não possui manchas vermelhas na casca, nem ao redor do caroço que é aderente à polpa. O amido, de tamanho diminuto, localiza-se nas células do parênquima correspondente à hipoderme e primeiras porções do mesocarpo, numa espessura variando de 0,2 a 0,5 mm, estando ausente nas células dos demais tecidos da polpa. A reação se processa tanto nos frutos verdes como nos maduros e se faz mais intensa nos frutos cozidos. O autor reconhece ser de grande importância analítica o conhecimento dos caracteres específicos desta "nova variedade" de pêssego, por não mais permitir suspeita de fraude nas pessegadas industrializadas com tais frutos. Considerando o fruto estudado como uma "NOVA VARIEDADE" de pêssego, propõe o autor que seja o mesmo denominado: Prunus persica var. Delfim Moreira, por ser este o local de sua procedência.

https://doi.org/10.53393/rial.1958.18.33320
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Referências

1. LEE, F. A. & H. B. TUKEY - 1942 - Chemical changes accompanyíng growth and development of seed and fruit of the Elberta Peach. The Botanical Gazeite, 104:348-355.

2. MENEZES JÚNIOR, J. B. F. - 1949 - Investigações sõbre o exame microscópico de algumas substâncias alimentícias. Rev. Inst. Adolfo Lutz, 9: 18-77.

3. TUKEY, H. B. & F. A. LEE - 1940 - Growth and development of the embryo and fruit of the peach as affected by ringíng and defoliation of the branches. The botanical Gazetie, 101:818-838.

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Copyright (c) 1958 J. B. Ferraz de Menezes Júnior

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