Resumo
Conforme recomendação de regulamento federal brasileiro - Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal - o leite in natura, da fonte de produção ao centro de beneficiamento, somente poderá ser conservado por meios físicos, principalmente pela refrigeração e após, pasteurizado. O emprego de outros conservantes - químicos ou bioquímicos - constituirá flagrante transgressão regulamentar. Além do mais, a longa permanência no leite dos conservadores a ele adicionados e a sua fácil determinação torna o emprego dessas substâncias impraticável para fins excusos. Porém, tal fato não acontece com o peróxido de hidrogênio que, após 6 horas da sua colocação, não mais pode ser detectado, o que constitui um considerável estímulo para o seu emprego. Levando em consideração o exposto e os resultados das pesquisas que fizeram os autores, em 1966 e 1967, que evidenciaram respectivamente 15-20 % e 9 % de presença de substâncias inibidoras do crescimento bacteriano no leite de consumo de São Paulo, Capital, e na sua maioria não identificadas, tomaram os autores a iniciativa de elaborar este trabalho, no intuito de relacionar o peróxido de hidrogênio com aquelas substâncias incógnitas. Os processos empregados foram bioquímicos e foram utilizadas, entre outras, a prova do C.T.T., redutase do azul de metileno e emprego da placa com agar-germe de prova. Os autores conseguiram determinar, mesmo 24 horas ou mais da sua colocação no leite cru, a presença atuante do peróxido de hidrogênio, portanto, muitas horas após a sua não mais determinação pelos métodos clássicos correntes. Tais processos foram a seguir empregados no exame de amostras do leite tipo "B" e tipo "C" do consumo da capital de São Paulo.
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