Adaptação do Ecomapa proposto no Modelo Calgary para avaliação socioambiental de parasitoses intestinais em crianças de creches filantrópicas
PDF

Palavras-chave

doenças parasitárias
criança
creches
modelos epidemiológicos
indicadores

Como Citar

1.
Zagui GS, Fregonesi BM, Silva TV, Machado CS, Machado GP, Julião FC, Tonani KA de A, Segura-Muñoz SI. Adaptação do Ecomapa proposto no Modelo Calgary para avaliação socioambiental de parasitoses intestinais em crianças de creches filantrópicas. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 1º de janeiro de 2017 [citado 23º de abril de 2024];76:1-10. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/33540

Resumo

Os objetivos do estudo foram avaliar a frequência de enteroparasitos em crianças de creches filantrópicas e adaptar um diagrama de Ecomapa para avaliar as condições socioambientais envolvidas. Um total de 151 amostras de fezes, coletadas de 66 crianças de dois a seis anos de idade foram analisadas por meio de técnicas de Hoffman, Pons e Janer (HPJ), e de Faust e colaboradores. Um questionário estruturado foi aplicado aos responsáveis pelas crianças, e um Ecomapa foi adaptado para avaliar as interações entre as crianças parasitadas e os condicionantes socioambientais. Enteroparasitos patogênicos (Ascaris lumbricoides, Balantidium coli, Giardia lamblia e Strongyloides stercoralis) e não patogênicos (Chilomastix mesnili, Endolimax nana, Entamoeba coli e Iodamoeba butschilii) foram identificados, acometendo 37,9 % das crianças. Com o Ecomapa observaram-se fortes correlações dos parâmetros avaliados (renda familiar, higiene alimentar e pessoal, escolaridade dos responsáveis, contato com animais domésticos e interpessoal) com as crianças parasitadas. O parasito Giardia lamblia foi o de maior frequência e a adaptação do Ecomapa permitiu efetuar a avaliação dos principais condicionantes envolvidos. Diante do exposto é necessário implementar o programa de educação em saúde no ambiente escolar que estimulem os hábitos de higiene alimentar e pessoal, como atividades de prevenção e controle de parasitos.
https://doi.org/10.53393/rial.2017.v76.33540
PDF

Referências

1. Santos AA, Gurgel-Gonçalves R, Machado ER. Factors associated with the occurrence of intestinal parasites in children living in the Federal District of Brazil. Rev Patol Trop. 2014;43:89-7. [DOI: https://dx.doi.org/10.5216/rpt.v43i1.29374].

2. Gil FF, Busatti HG, Cruz VL, Santos JF, Gomes MA. High prevalence of enteroparasitosis in urban slums of Belo Horizonte-Brazil. Presence of enteroparasites as a risk factor in the family group. Pathog Glob Health. 2013;107(6):320-4. [DOI: https://dx.doi.org/10.1179/2047773213Y.0000000107].

3. Silva MT, Santana JV, Bragagnoli G, Marinho AM, Malangueño E. Prevalence of Entamoeba histolytica/Entamoeba dispar in the city of Campina Grande, in Northeastern Brazil. Rev Inst Med Trop São Paulo. 2014;56(5):451-4. [DOI: https://dx.doi.org/10.1590/S0036-46652014000500015].

4. Pedraza DF, Queiroz D, Sales MC. Doenças infecciosas em crianças pré-escolares brasileiras assistidas em creches.Cien Saude Colet. 2014;19(2):511-28. [DOI: https://dx.doi.org/10.1590/1413-81232014192.09592012].

5. Fregonesi BM, Suzuki MN, Machado CS, Tonani KA, Fernandes AP, Monroe AA, et al. Emergent and re-emergent parasites in HIV-infected children: immunological and socio-envionmental conditions that are involved in the transmission of Giardia spp. and Cryptosporidium spp. Rev Soc Bras Med Trop. 2015;48(6):753-8. [DOI: http://dx.doi.org/10.1590/0037-8682-0119-2015].

6. Silva A, Cunha C, Martins W, Silva L, Silva G, Fernandes CK. Epidemiologia e prevenção de parasitoses intestinais em crianças das creches municipais de Itapuranga – GO. Rev Fac Montes Belos. 2015;8(1):e1-17.

7. Cury CR. A educação escolar e a rede privada: Concessão e Autorização. Movimento Revista de Educação. 2016;3(5):108-40.

8. Cecilio HP, Santos KS, Marcon SS. Modelo Calgary de avaliação da família: experiência em um projeto de extensão. Cogitare Enferm. 2014;19(3):536-44. [DOI: http://dx.doi.org/10.5380/ce.v19i3.32729].

9. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. [acesso 2017 Fev 24]. Disponível em: [http://cidades.ibge.gov.br/xtras/temas.php?codmun=354340&idtema=117].

10. Prefeitura de Ribeirão Preto. [acesso 2017 Fev 24]. Disponível em: [https://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/scidadania/equipamentos/i27entidades.php].

11. Abreu LK, Braga LS, Navasconi TR, Ribas-Silva C. Prevalência e aspectos sócio-epidemiológicos de enteroparasitoses em crianças do centro municipal de educação infantil em Janiópolis-PR. SaBios: Rev Saúde Biol. 2014;9(3):76-84.

12. Vasconcelos IA, Oliveira JW, Cabral FR, Coutinho HD, Menezes IR. Prevalência de parasitoses intestinais entre crianças de 4-12 anos no Crato, Estado do Ceará: um problema recorrente de saúde pública. Acta Sci Health Sci. 2011;33(1):35-41. [DOI: http://dx.doi.org/10.4025/actascihealthsci.v33i1.8539].

13. Brasil. Decreto nº 8.381, de 29 de dezembro de 2014. Regulamenta a Lei nº 12.382, de 25 de fevereiro de 2011, que dispõe sobre o valor do salário mínimo e a sua política de valorização de longo prazo. [acesso 2017 Mar 08]. Disponível em: [http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/decreto/d8381.htm].

14. Magalhães RF, Amaroa PF, Soaresa EB, Lopesa LA, Mafrab RS, Albertibc LR. Ocorrência de Enteroparasitoses em Crianças de Creches na Região do Vale do Aço – MG, Brasil. UNOPAR Cient Ciênc Biol Saúde. 2013;15(3):187-91.

15. Frighetto M, Barremaker V, Dambros B. Ocorrência de parasitos em chupetas de crianças em um centro municipal de educação infantil do município de Videira, SC.Unoesc Ciênc ACBS. 2013;4(2):177-86.

16. Santos CK, Grama DF, Limongi JE, Costa FC, Couto TR, Soares RM, et al. Epidemiological, parasitological and molecular aspects of Giardia duodenalis infection in children attending public daycare centers in southeastern Brazil. Trans R Soc Trop Med Hyg. 2012;106(8):473-9. [DOI: http://dx.doi.org/10.1016/j.trstmh.2012.05.011].

17. Gonçalves AL, Belizário TL, Pimentel JB, Penatti MP, Pedroso RS. Prevalence of intestinal parasites in preschool children in the region of Uberlândia, State of Minas Gerais, Brazil. Rev Soc Bras Med Trop. 2011;44(2):191-3. [DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0037-86822011005000022].

18. Silva, FS. Infecção por Giardia lamblia em crianças de 0 a 10 anos no município de Chapadinha, Maranhão, Brasil. Rev Inst Adolfo Lutz. 2009;68(2):309-13.

19. Silva SR, Maldonade IR, Ginani VC, Lima SA, Mendes VS, Azevedo ML, et al. Detection of intestinal parasites on field-grown strawberries in the Federal District of Brazil. Rev Soc Bras Med Trop. 2014;47(6):801-15. [DOI: http://dx.doi.org/10.1590/0037-8682-0044-2014].

20. Barbosa AS, Bastos OM, Uchôa CM, Dib LV, Amendoeira MR. Avaliação da frequência de Balantidium coli em suínos, tratadores de suínos e primatas não humanos no estado do Rio de Janeiro. Rev Patol Trop. 2016;45(3):285-93. [DOI: http://dx.doi.org/10.5216/rpt.v45i3.43505].

21. Center for Disease Control and Prevention – CDC. [acesso 2017 Jun 23]. Disponível em:[ https://www.cdc.gov/parasites/strongyloides/epi.html].

22. Paula FM, Costa-Cruz JM. Epidemiological aspects of strongyloidiasis in Brazil. Parasitology. 2011;138(11):1331-40. [DOI: http://dx.doi.org/10.1017/S003118201100120X]

23. Ananias FL, Ferraz RR, Pires AB, Zamboni A, Aranda KRS, Nigro CA, et al. Evaluation of the sensitivy of Faust method and spontaneous sedimentation for the diagnosis of giardiasis. Rev Cub Med Trop. 2016;68(2):157-64.

24. Departamento de Água e Esgoto de Ribeirão Preto - DAERP. [acesso 2017 Mar 02]. Disponível em: [http://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/daerp/i04principal.php].

25. Jornal o Globo - GLOBO. [acesso 2017 Mar 10]. Disponível em: [http://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/noticia/2015/10/daerp-confirma-falta-dagua-em-sete-bairros-e-culpa-aumento-do-consumo.html].

26. Ambient. [2017 Mar 10]. Disponível em: [http://www.ambient.com.br/pt-br/pagina/tecnologia-servico-do-meio-ambiente/].

27. Takayanagui OM, Capuano DM, Oliveira CA, Bergamini AM, Okino MH, Castro e Silva AA, et al. Avaliação da contaminação de hortas produtoras de verduras após a implantação do sistema de fiscalização em Ribeirão Preto, SP. Rev Soc Bras Med Trop. 2007;40(2):239-41. [DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0037-86822007000200020].

28. Nikaido M, Tonani KA, Julião FC, Trevilato TM, Takayanagui AM, Sanches SM, et al. Analysis of bacteria, parasites, and heavy metals in lettuce (Lactuca sativa) and rocket salad (Eruca sativa L.)irrigated with treated efluente from a biological wastewater treatment plant. Biol Trace Elem Res. 2010;134(3):342-51. [DOI: http://dx.doi.org/10.1007/s12011-009-8477-8].

29. São Paulo. Centro de Vigilância Sanitária da Secretaria de Estado da Saúde. Portaria CVS-6/99, de 10 de Março de 1999. Regulamento técnico sobre os parâmetros e critérios para o controle higiênico-sanitário em estabelecimentos de alimentos. [acesso 2017 Jun 23]. Disponível em: [http://www.cvs.saude.sp.gov.br/zip/E_PT-CVS-06_100399.pdf ].

30. El Zawawy LA, El-Said D, Ali SM, Fathy FM. Disinfection efficacy of sodium dichloroisocyanurate (NADCC) against common food-borne intestinal protozoa. J Egypt Soc Parasitol.2010;40(1):165-85

31. Nascimento ED, Alencar FL. Eficiência antimicrobiana e antiparasitária de desinfetantes na higienização de hortaliças na cidade de Natal – RN. Ciên Nat. 2014;36(2):92-106. [DOI: http://dx.doi.org/10.5902/2179460X12755].

32. Feng Y, Xiao L. Zoonotic potential and molecular epidemiology of Giardia species and giardiasis. Clin Microbiol Rev. 2011;24(1):110-40. [DOI: http://dx.doi.org/10.1128/CMR.00033-10].

33. Ferreira FP, Dias RC, Martins TA, Constantino C, Pasquali AK, Vidotto O, et al. Frequência de parasitas gastrointestinais em cães e gatos do município de Londrina, PR, com enfoque em saúde pública. Semin Ciênc Agrár. 2013;34(2):3851-8. [DOI: http://dx.doi.org/10.5433/1679-0359.2013v34n6Supl2p3851].

34. Rodrigues R, Hirano MM, Larentes TS. Verificação do parasitismo em centros de educação infantil de Paranavaí (PR): envolvendo ações sanitárias primárias desenvolvidas nessa comunidade. Saúde e Pesquisa (Online). 2014;7(3):409-21.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2017 Guilherme Sgobbi Zagui, Brisa Maria Fregonesi, Thaís Vilela Silva, Carolina Sampaio Machado, Gabriel Pinheiro Machado, Fabiana Cristina Julião, Karina Aparecida de Abreu Tonani, Susana Inês Segura-Muñoz

Downloads

Não há dados estatísticos.