Cumprimento do algoritmo para o diagnóstico do HIV em crianças de 1 a 18 meses nascidas de mães HIV positivas
PDF

Palavras-chave

transmissão vertical de doença infecciosa
HIV
écnicas e procedimentos diagnósticos

Como Citar

1.
Pierre MK, Bertollo DMB, Figueiredo JK, Soares MMCN. Cumprimento do algoritmo para o diagnóstico do HIV em crianças de 1 a 18 meses nascidas de mães HIV positivas. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 29º de março de 2018 [citado 28º de abril de 2024];77:1-8. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/34174

Resumo

A epidemia do HIV no Brasil tem afetado de maneira especial as mulheres e trouxe, como um novo desafio a ser enfrentado, o controle da transmissão vertical (TV) do HIV. O objetivo deste estudo foi de avaliar o cumprimento ao algoritmo preconizado pelo Ministério da Saúde (MS) no diagnóstico de crianças nascidas de mães HIV positivas, acompanhadas no Centro de Laboratório Regional Instituto Adolfo Lutz de São José do Rio Preto-X, e avaliar a ocorrência de TV. Foram coletados dados do Sistema de Informação e Gestão Hospitalar (SIGH) e do Sistema
de Controle de Exames Laboratoriais da Rede Nacional de Contagem de Linfócitos T CD4+ e Carga Viral (SISCEL) no período de janeiro de 2009 a dezembro de 2014. Foram cadastradas 265 crianças, 141 (53,2%) eram do sexo masculino e 124 (46,8%) feminino. Destas, 217 (81,9%) completaram o algoritmo preconizado pelo MS. A média da prevalência de TV foi de 5,9%. Apesar dos esforços do MS, há descumprimento no algoritmo e a taxa de TV é maior que a meta de 2%. Os dados reforçam a necessidade de intensificar a vigilância, melhorar a informação e acompanhamento de gestantes e resgate dos responsáveis que não cumprem o algoritmo do MS.

https://doi.org/10.53393/rial.2018.v77.34174
PDF

Referências

1. Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim Epidemiológico HIV Aids. Brasília, DF, Ano V, nº 01, 2016. Disponível em: http://www.aids.gov.br/pt-br/pub/2016/boletim-epidemiologico-de-aids-2016

2. Fonseca FF, Jesus BR, Rocha KT, Silva SSS, Andrade DCS, Costa FM. A transmissão Materno-Infantil do HIV: Uma revisão de literatura na perspectiva da enfermagem. Rev Eletrônica Gest Saúde. 2015;6(01):533-48. Disponível em: http://periodicos.unb.br/ojs311/index.php/rgs/article/view/2580/2303

3. Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de DST e Aids. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Manejo da Infecção pelo HIV em Crianças e Adolescentes. Brasília, DF; 2014. Disponível em: http://www.aids.gov.br/pt-br/pub/2014/protocolo-clinico-e-diretrizes-terapeuticas-para-manejo-da-infeccao-pelo-hiv-em-criancas-e

4. Succi RCM. Mother-to-child transmission of HIV in Brazil during the years 2000 and 2001: results of a multi-centric study. Cad Saúde Pública. 2007; 23(supl.3):379-89. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2007001500006

5. Drake AL, Wagner A, Richardson B, John-Stewart G. Incident HIV during Pregnancy and Postpartum and risk of Mother-to-child HIV Transmission: A Systematic Review and Meta-Analysis. PLoS Med. 2014,11(2):e1001608. https://doi.org/10.1371/journal.pmed.1001608

6. Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids / VIH/Sida (UNAIDS/UNUSIDA). Plano Global para Eliminar Novas Infecções por HIV/VIH

em Crianças até 2015 e Manter suas Mães Vivas; 2011. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/plano_global_eliminar_novas_infeccoes.pdf

7. Amaral E, Assis-Gomes F, Milanez H, Cecatti JG, Vilela MM, Pinto e Silva JL. Timely implementation of interventions to reduce vertical HIV transmission: a successful experience in Brazil. Rev Panam Salud Publica. 2007;21(6):357-64. http://dx.doi.org/10.1590/S1020-49892007000500003

8. Kakehasi FM, Pinto JA, Romanelli RM, Carneiro M, Cardoso CS, Tavares MC, et al. Determinants and trends in perinatal human immunodeficiency virus type 1 (HIV-1) transmission in the metropolitan area of Belo Horizonte, Brazil: 1998 - 2005. Mem Inst Oswaldo Cruz. 2008;103(4):351-7. http://dx.doi.org/10.1590/S0074-02762008000400007

9. Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Políticas de Saúde. Coordenação Nacional de DST e AIDS. Guia de Tratamento Clínico da Infecção pelo HIV em Crianças; 2002. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/crianca.pdf

10. Vermelho LL, Silva LP, Costa AJL. Epidemiologia da transmissão vertical do HIV no Brasil. Bol Epidemiol - Aids. 1999;12(3):5-15.

11. Gonçalves VLMA, Troiani C, Ribeiro AA, Spir PRN, Gushiken EKK, Vieira RB et al. Transmissão vertical do HIV-1 na região oeste do Estado de São Paulo.

Rev Soc Bras Med Trop. 2011;44(1):4-7. http://dx.doi.org/10.1590/S0037-86822011000100002

12. Gouveia PAC, Silva GAP, Albuquerque MFPM. Predictors of loss to follow-up among children registered in an HIV prevention mother-to-child transmission cohort study in Pernambuco, Brazil. BMC Public Health. 2014;14:e1232. htpp://dx.doi.org/10.1186/1471-2458-14-1232

13. Matida LH, Santos NJS, Ramos AN Jr, Gianna MC, da Silva MH, Domingues CSB, et al. Eliminating vertical transmission of HIV in São Paulo, Brazil: progress and challenges. J Acquir Immune Defic Syndr. 2011;57(suppl 3):S164–170. https://dx.doi.org/10.1097/QAI.0b013e31821e9d13

14. Patricio FRL, Rutherford GW, Barreto JHS, Rodamilans C, Badaró R. Effectiveness of the prevention of mother-to-child HIV transmission in Bahia, Brazil. Braz J Infect Dis. 2015;19(5):538-42. https://doi.org/10.1016/j.bjid.2015.06.006

15. Vasconcelos ALR, Hamann EM. Why does Brazil still report high rates of vertical HIV transmission? An evaluation of health care quality to HIV-infected pregnant women and their children. Rev Bras Saúde Matern Infant. 2005;5(4):483-92. http://doi.org/10.1590/S1519-38292005000400012

16. Moura EL, Praça NS. Transmissão Vertical do HIV: expectativas e ações da gestante soropositiva. Rev Lat-Am Enferm. 2006;14(3):405-13. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-11692006000300015

17. Fernandes RCSC, Ribas GF, Silva DP, Gomes AM, Medina-Acosta E. Desafios operacionais persistentes determinam a não redução da transmissão materno-infantil do HIV. J Pediatr. 2010;86(6). http://dx.doi.org/10.1590/S0021-75572010000600010

18. Burger M, Pchebilski LT, Sumikawa ES, Sakurada EMY, Telles TMBB, Parabocz M, et al. O Impacto do Programa Mãe Curitibana sobre a Transmissão Vertical do HIV no Município de Curitiba entre 2000 e 2009. DST J Bras Doenças Sex Transm. 2011;23(2):76-83. http://doi.org/10.5533/2177-8264-201123205

19. Araujo ESP, Friedman RK, Camacho LAB, Derrico M, Moreira RI, Calvet GA et al. Cascade of access to intervention to prevent HIV mother-to-child transmission in the metropolitan area of Rio de Janeiro, Brazil. Braz J Infect Dis. 2014;18(3):252-60. http://dx.doi.org/10.1016/j.bjid.2013.11.002

20. Barbieri MM, Von Linsingen R, Sbalqueiro RL, Tristão EG. Vertical mother-to-child HIV transmission in babies born in a tertiary hospital in southern Brazil. J Matern Fetal Neonatal Med. 2018;31(15):2000-6. http://doi.org/10.1080/14767058.2017.1333102

21. Turchi MD, Duarte LS, Martelli CMT. Mother-to-child transmission of HIV: risk factors and missed opportunities for prevention among pregnant women attending health services in Goiânia, Goiás State, Brazil. Cad Saúde Pública. 2007;23(suppl.3):S390-401. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2007001500007

22. Lemos LMD, Anglemyer A, Santos VS, Gurgel RQ, Rutherford GW. Prevalence of and risk factors for late diagnosis of HIV infection in Brazilian infants and child. Rev Soc Bras Med Trop. 2015;48(3):326-30. http://dx.doi.org/10.1590/0037-8682-0257-2014

23. Pereira DA, Horiy DM, Proença EO, Santos ASA. Expectativas de mães soropositivas em processo de pesquisa de transmissão vertical do HIV, em Sorocaba/SP. Rev Fac Ciênc Méd Sorocaba. 2014;16(1):11-4. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/13566/pdf

24. Redmond AM, McNamara JF. The road to eliminate mother-to-child HIV transmission. J Pediatr (Rio J). 2015;91(6):509-11. http://dx.doi.org/10.1016/j.jped.2015.08.004

25. Lima YAR, Reis MNG, Cardoso LPV, Stefani MMA. HIV-1 infection and pregnancy in young women in Brazil: socioeconomic and drug resistance profiles in a cross-sectional study. BMJ Open. 2016;6(7):e010837. http://dx.doi.org/10.1136/bmjopen-2015-010837

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2018 Marcella Kelvya Pierre, Denise Maria Bussoni Bertollo, Juliana Kindler Figueiredo, Márcia Maria Costa Nunes Soares

Downloads

Não há dados estatísticos.