Vetor ou vetores? Capacidade vetorial e estratégias de controle
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Palavras-chave

Lutzomyia longipalpis
feromônio
leishmaniose visceral
cenários de transmissão

Como Citar

1.
Casanova C. Vetor ou vetores? Capacidade vetorial e estratégias de controle. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 29º de março de 2018 [citado 2º de maio de 2024];77:1-8. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/34201

Resumo

Variáveis relacionadas a fatores epidemiológicos, ao ambiente, ao agente etiológico, ao vetor e aos reservatórios parecem atuar na determinação dos diferentes cenários de transmissão da leishmaniose visceral no Brasil. No estado de São Paulo a leishmaniose visceral (LV) não apresenta um padrão epidemiológico homogêneo por todas suas regiões, parecendo refletir uma multitude de cenários propícios para a ocorrência da transmissão dentro do território Paulista. Lutzomyia longipalpis é composta por um complexo de espécies das quais duas são encontradas no Estado de São Paulo e parecem possuir diferença na capacidade vetorial. É provável que essa diferença seja o fator determinante na caracterização dos diferentes padrões epidemiológicos observados nas diferentes regiões do Estado. No presente estudo, procuramos determinar a distribuição temporal e geográfica das espécies do complexo Lu. longipalpis, dos casos caninos e dos casos humanos de LV como elementos chave para ajudar na caracterização de alguns cenários de transmissão da doença e apontar áreas de maior risco para a aquisição da doença. Por outro lado, a recente e inesperada ocorrência de transmissão da LV em localidades sem a presença da Lu. longipalpis, caracteriza mais um novo cenário, onde a transmissão da Leishmania infantum ao homem se mostrou possível, configurando um novo desafio para as autoridades da saúde pública.

https://doi.org/10.53393/rial.2018.v77.34201
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