Palavras-chave
bolores
leveduras e coliformes
Como Citar
Resumo
Com o objetivo de avaliar as condições higiênicas dos refrigerantes, foram analisadas 100 amostras de diferentes marcas, nos sabores de cola, guaraná e frutas. As amostras, em embalagens Pet 2 litros, foram coletadas aleatoriamente no período de março a novembro de 2000, em estabelecimentos comerciais, pela Vigilância Sanitária do Estado (VISA/MG). Foram utilizadas duas metodologias distintas para enumeração de fungos viáveis em bebidas e Número Mais Provável para bactérias do grupo Coliforme (APHA,1992). A primeira técnica utilizada para enumeração de fungos foi a do espalhamento em superfície, em placas contendo o meio Dicloran Rosa de Bengala Cloranfenicol (DRBC), e a segunda, a técnica de membrana filtrante, empregando dois meios: M-Green Yeast and Mold e o meio DRBC. 13% das amostras foram condenadas como produtos em condições higiênicas insatisfatórias por apresentarem contagens de bolores e leveduras superiores à 20UFC/mL (Portaria 451/97 do MS/SVS – ítem XII, inciso a). Destas, 46,2% apresentaram leveduras, 30,8% leveduras e fungos filamentosos, e 23% fungos filamentosos. Não foram detectadas bactérias do grupo coliforme (ausência em 50 mL da amostra). Das amostras condenadas, 92,3% eram provenientes de indústrias classificadas como ruins ou precárias de acordo com suas instalações.
Referências
1. Brasil. Portaria no 451, de 19 de setembro de 1997 da Vigilância Sanitária – Diário Oficial da União, Brasilia. no 182 – Seção 1, p. 21005-21012, de 22 de setembro de 1997.
2. Brasil. Resolução RDC no 12, de 2 de janeiro de 2001 - Diário Oficial da União, Brasilia. Seção 1 , p. 45 – 53, de 10 de janeiro de 2001. [Agência Nacional de Vigilância Sanitária].
3. Frisvad, J. C. Fungal species and their production of mycotoxins. In: Samson, R. A., editor. Introduction to Food-borne Fungi. Netherlands: Centrallbureau voor Schimmelcultures; 1988. p. 239-49.
4. King, A. D., Hocking, A. D., Pitt, J. I. Dichloran-Rose Bengal Medium for enumeration and isolation of molds from foods. Appl. Environ. Microbiol., 37: 959-64, 1979.
5. Koburger, J. A. & Norden, A. R. Fungi in Foods. J. Milk Food Technol., 38: 745-6, 1975.
6. Mislivec, P. B.; Beuchat, L. R.; Cousin, M. A. Yeasts and Molds. In: Vanderzant, C. & Splittstoesser, D. F., editor. Compedium of Methods for the Microbiological Examination of Foods. 3.ed. Washington: APHA; 1992. p. 239 – 49.
7. Peeler, J. I.; Houghtby, G. A.; Raimoser, A. P. The Most Probable Number Technique. In: Vanderzant, C. & Splittstoesser, D. F. ,editor. Compedium of Methods for the Microbiological Examination of Foods. 3.ed. Washington: APHA; 1992. p. 105 – 20.
8. Pitt, J. I. & Hocking, A. D. Fungi and Food Spoilage. 2.ed. Maryland: Aspen Publishers Inc.; 1999. 593 p.
9. Power, D. A. & McCuen, P. J. Manual of BBL Products and Laboratory Procedures. 6.ed. Becton Dickinson Microbiology Systems, 1988.
10. Samson, R. A., Hocking, A. D., Pitt, J. I., King, A. D. Modern Methods in Food Mycology. Amsterdan: Elsevier; 1992. 388 p.
11. Scussel, V. M. Micotoxinas em Alimentos. Florianópolis: Insular; 1998. 144p.
12. Silva, N., Taniwaki, M. H., Junqueira, V. C. A., Silveira, N. F. A. Manual de Métodos de Análise Microbiológica de Sucos e Refrigerantes. São Paulo: ITAL;1997.154p.
13. Taniwaki, M. H., Iamanaka, B. T., Banhe, A. A. Comparision of culture media to recover fungi from flour and tropical fruit pulp. J. Food Mycol., 2: 291-302, 1999.
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright (c) 2003 Vanessa A. D. Morais, Jovita E. G. C. Madeira, Edilãnia C. Dias, Ana Carla Boncompagni, Rúbia C. P. Gonçalves, Eunice de Carvalho