Resumo
As geléias de frutas, assim como outros produtos alimentícios de origem vegetal, podem apresentar, como contaminantes, matérias estranhas e hifas de fungos fragmentadas, quando é utilizada matéria-prima inadequada ou não são adotadas boas práticas de fabricação. O objetivo do presente trabalho foi padronizar procedimentos analíticos para quantificação de filamentos micelianos de fungos totais e de Geotrichum, e de matérias estranhas em geléias de frutas e avaliar tais contaminantes em 117 amostras colhidas em supermercados da cidade de São Paulo. Foram adotados os métodos da Association of Official Analytical Chemists International (AOAC). Como resultado da padronização, foi estabelecida a diluição 1+6 para as geléias de abacaxi, ameixa, figo e uva na contagem Howard de filamentos micelianos. Quanto aos resultados das análises, 56,4% das amostras continham matérias estranhas (principalmente fragmentos de insetos); 73,0% filamentos micelianos pela contagem Howard (máximo de 83% de campos positivos) e 23,0% estavam positivas para hifas de Geotrichum. As geléias de abacaxi e de ameixa apresentaram menor número de amostras com os contaminantes estudados. Considerando-se a legislação de alimentos em vigor, os produtos estudados apresentaram alto índice de contaminação por filamentos micelianos e matérias estranhas.
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Copyright (c) 2003 Marlene Correia, Maria José Roncada