Padronização de método e quantificação de matérias estranhas e fungos filamentosos. II. Geléias de frutas
pdf

Palavras-chave

Geléia de frutas
análise microscópica
matérias estranhas
fungos

Como Citar

1.
Correia M, Roncada MJ. Padronização de método e quantificação de matérias estranhas e fungos filamentosos. II. Geléias de frutas. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 30º de abril de 2003 [citado 25º de abril de 2024];62(1):41-8. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/34955

Resumo

As geléias de frutas, assim como outros produtos alimentícios de origem vegetal, podem apresentar, como contaminantes, matérias estranhas e hifas de fungos fragmentadas, quando é utilizada matéria-prima inadequada ou não são adotadas boas práticas de fabricação. O objetivo do presente trabalho foi padronizar procedimentos analíticos para quantificação de filamentos micelianos de fungos totais e de Geotrichum, e de matérias estranhas em geléias de frutas e avaliar tais contaminantes em 117 amostras colhidas em supermercados da cidade de São Paulo. Foram adotados os métodos da Association of Official Analytical Chemists International (AOAC). Como resultado da padronização, foi estabelecida a diluição 1+6 para as geléias de abacaxi, ameixa, figo e uva na contagem Howard de filamentos micelianos. Quanto aos resultados das análises, 56,4% das amostras continham matérias estranhas (principalmente fragmentos de insetos); 73,0% filamentos micelianos pela contagem Howard (máximo de 83% de campos positivos) e 23,0% estavam positivas para hifas de Geotrichum. As geléias de abacaxi e de ameixa apresentaram menor número de amostras com os contaminantes estudados. Considerando-se a legislação de alimentos em vigor, os produtos estudados apresentaram alto índice de contaminação por filamentos micelianos e matérias estranhas.

https://doi.org/10.53393/rial.2003.62.34955
pdf

Referências

1. AOAC. Official methods of analysis of AOAC International. 17th ed. Gaithersburg, U.S.A. Cap. 16. (1 CD-ROM), 2000.

2. Borror, D.J.; Delong, D.M. Introdução ao estudo dos insetos. São Paulo: Edgard Blucher; 1988.

3. Brasil. Resolução Normativa da Comissão Nacional de Normas e Padrões para Alimentos no 12 de 23.7.1978. Aprova as seguintes normas técnicas especiais do Estado de São Paulo, revisadas pela CNNPA, relativas a alimentos (e bebidas) para efeito em todo o território brasileiro. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 24 jul. 1978. Seção I, pt. 1, p. 11.499-526.

4. Brasil. Resolução Normativa da Câmara Técnica de Alimentos n° 15 de nov. 1978. Estabelece normas que têm por objetivo fixar a identidade e características mínimas de qualidade a que devem obedecer as geléias de frutas. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 01 març. 1979. Seção I, pt. 1, p. 2.929-31.

5. Brasil. Lei no 8.078 de 11.9.1990. Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 12 set. 1990. Suplemento ao no 176, p. 1-12.

6. Brasil. Portaria n° 1.428 de 26.11.1993. Aprova, na forma dos textos anexos, o Regulamento Técnico para Inspeção Sanitária de Alimentos, as Diretrizes para o Estabelecimento de Boas Práticas de Produção. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 2 dez. 1993. Seção I, p. 18.415-9.

7. Carvalho Neto, C. Manual prático de biologia e controle de roedores. São Paulo: CIBA-GEIGY, 1987. 14 p.

8. Gorhan, J.R. (Editor). Insect and mite pests in food: an illustrated key. Washington (DC): Department of Agriculture; 1987. (Agriculture Handbook Number 655).

9. Gorhan, J. R. (Editor). Training manual for analytical entomology in the food industry. Washington (DC): FDA; 1977. p. 48-52. (FDA Technical Bulletin 2).

10. Insects of Australia: a textbook for students and research workers. 2nd ed. Ithaca: Cornell Un. Pres.; 1990. v.1.

11. Hugges, A.M. The mites of stored food and houses. 2nd ed. London: Ministry of Agriculture, Fisheries and Food; 1976. (Technical Bulletin 9).

12. Krantz, G.W. A manual of acarology. 2nd ed. Corvallis: Oregon State University, 1978.

13. Hoffmann FL, Garcia-Cruz CH, Pagnocca FC, Vinturim TM, Mansor AP. Microrganismos contaminantes de polpa de frutas. Ciênc. Tecnol. Aliment., Campinas, 17: 32-7, 1997.

14. Olsen, A. R. Regulatory action criteria for filth and other extraneous materials. III. Review of flies and foodborne enteric disease. Regulatory Toxicology Pharmacology, 28: 199-211, 1998.

15. São Paulo (Estado). Decreto no 12.486 de 20.10.1978. Aprova normas técnicas especiais relativas a alimentos e bebidas. Diário Oficial do Estado de São Paulo, São Paulo, 21 out. 1978, p. 1-42 (NTA 25 e 26).

16. Stasny, J. T.; Albright, F..R.; Graham, R. Identification of foreign matter in foods. Scanning Electron Microscopy, 3:599-610, 1981.

17. Taylor, R.B. Introducción al procesado de las frutas. In: Artley, D.; Ashurst, P.R. editores. Processado de frutas. Zaragoza: Acribia, 1997. p. 1-19.

18. Yokoya, F. Método Howard para contagem de fungos em produtos industrializados. Campinas: UNICAMP. 1993.

19. Vasquez, A. W. Hairs. In: Gorhan, J.R., editor. Principles of food analysis for filth, decomposition, and foreign matter. Washington (DC): FDA; 1981, p. 125-70. (FDA Technical Bulletin 2).

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2003 Marlene Correia, Maria José Roncada

Downloads

Não há dados estatísticos.