Incidência de Aflatoxinas, Desoxinivalenol e Zearalenona em produtos comercializados em cidades do estado de Minas Gerais no período de 1998 - 2000
pdf

Palavras-chave

Aflatoxinas
Desoxinivalenol
Zearalenona
Ocorrência
Cereais

Como Citar

1.
Oliveira MS de, Prado G, Abrantes FM, Santos LG dos, Veloso T. Incidência de Aflatoxinas, Desoxinivalenol e Zearalenona em produtos comercializados em cidades do estado de Minas Gerais no período de 1998 - 2000. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 28º de junho de 2002 [citado 14º de maio de 2024];61(1):1-6. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/35007

Resumo

A incidência de micotoxinas foi verificada em amostras de amendoim e produtos derivados de amendoim (aflatoxinas), fubá, cereais em flocos e aveia em flocos (zearalenona), farinha de trigo, farelo de trigo e produtos de panificação (desoxinivalenol). As amostras foram coletadas em supermercados de cidades de Minas Gerais, Brasil. O método de  cromatografia em camada delgada foi utilizado para quantificar as aflatoxinas e desoxinivalenol e a cromatografia líquida de alta eficiência para zearalenona. As aflatoxinas foram detectadas em 66 das 120 amostras analisadas. Do total de amostras analisadas, 56 apresentaram níveis de aflatoxina total ( B1 + B2 + G1 + G2 ) acima do limite estabelecido pela Legislação do Ministério da Agricultura e 54 amostras apresentaram níveis de aflatoxina B1 + G1 acima do limite estabelecido pela Legislação do Ministério da Saúde. A faixa de contaminação para aflatoxina total encontrada foi de 3 a 2714 µg/Kg, com uma contaminação média de 960 µg/Kg. Desoxinivalenol (DON) foi detectado em 32 das 47 amostras analisadas, em uma faixa de concentração de 40 a 1205 µg/Kg. Somente uma amostra de aveia em flocos estava contaminada com zearalenona ( 8,5 µg/Kg ), dentre as 34 amostras de produtos de cereais analisadas.

https://doi.org/10.53393/rial.2002.61.35007
pdf

Referências

1. AOAC- Association of Official Analytical Chemists. Official methods of analysis. 16 ed. Arlington: AOAC, 1995. v. 2, p. 4-5. Revisão em março de 1998.

2. Brasil. Leis, decretos, etc. – Portaria nº 183 do Ministério da Agricultura do Abastecimento e da Reforma Agrária. Diário Oficial, Brasília, 25 mar. 1996. Art. I Adotar Regulamento Técnico do MERCOSUL sobre Limites Máximos de Aflatoxinas Admissíveis no Leite, Amendoim e Milho, aprovado pela resolução nº 56/94 do Grupo Mercado Comum do Sul de 01 de janeiro de 1995.

3. Brasil. Leis, decretos, etc. - Resolução n. 34/76, da Comissão Nacional de Normas e Padrões para Alimentos. Diário Oficial, Brasília, 19 jan., 1977. Seção I. pt. I. p.710. Fixa padrões de tolerância para as aflatoxinas em alimentos.

4. De-Oliveira, V. et al. Ocorrência de aflatoxina B1 e G1 em amendoim comercializado em Goiânia - Brasil. Rev. Microbiol., 22 : 319-322, 1991.

5. Dvorackova, I. Aflatoxins and human health. Boca Raton: CRC Press, Mycotoxins and human diseases, p. 1-19, 1990. 151 p.

6. Ellis, W. O. et al. Aflatoxins in food: occurence, biosynthesis, effects on organisms, detection, and methods of control. Crit. Rev. Food Sci. Nutr., 30 : 403-439, 1991.

7. Food and Agriculture Organization Of The United Nations. FAO Worldwide regulations for mycotoxins, 1995. A compendium, n. 64, 45 p. Rome, 1997.

8. Furlong, E. B. et al. Micotoxins and fungi in wheat stored in elevators in the state of Rio Grande do Sul, Brazil. Food Add. Contam., 12: 683-688, 1995.

9. Furlong, E. B. et al. Aflatoxinas, ocratoxina e zearalenona em alimentos da região sul do Rio Grande do Sul. Rev. Inst. Adolfo Lutz, 58 : 105 – 111, 1999.

10. Gimeno, A. Thin layer chromatographic determination of aflatoxins, ochratoxins, sterigmatocystin, zearalenone, citrinin, T-2 toxin, diacetoxyscirpenol, penicillic acid, patulin and penitrem A. J. Assoc. Off. Anal. Chem., 62 : 579-585, 1979.

11. Kirchmer, C. F. Estimation of detection limits. In: Environmental Analytical Procedures. Washington: American Chemical Society, 1988. Cap. 4. p. 78-93.

12. Kuiper- Goodman, T.; Scott, P. M.; Watanabe, H. Risk Assessment of the mycotoxin zearalenone. Rev. Toxicol. Pharmacol., 7: 253-306, 1987.

13. Nicásio, M. A. S.; Prado, G.; Linardi, V. R. Determinação de aflatoxina e identificação da microbiota fúngica em milho (Zea mays L.) pós colheita. Arq. Biol. Tecnol., 38 : 851-857, 1995.

14. Pestka, J., J.; Bondy, G. S. Alteration of immune function following dietary vomitoxin exposure. Can. J. Physiol. Pharmacol., 68: 1009-1016, 1990.

15. Pich, P. H. Detecção de aflatoxinas em produtos derivados de milho comercializados na região de Porto Alegre. Porto Alegre,1998. [Dissertação de mestrado – Faculdade de Agronomia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul].

16. Prado, G.; et al. Ocorrência natural de desoxinivalenol e toxina T-2 em milho pós-colheita. Safra 1996. In: XVI Congresso Brasileiro De Ciência e Tecnologia De Alimentos, 15-17 julho, 1998, Rio de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro: Sociedade Brasileira de Ciência e Tecnologia de Alimentos, 1998, CD-ROM, cbcta 107.

17. Prado, G.; Oliveira, M. S.; Ferreira, S. O. Ocorrência de aflatoxinas em amendoim comercializado na região metropolitana de Belo Horizonte – MG. In: XVI Congresso Brasileiro De Ciência e Tecnologia De Alimentos, 15-17 julho, 1998, Rio de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro: Sociedade Brasileira de Ciência e Tecnologia de Alimentos, 1998, CD-ROM, cbcta 108.

18. Przybylski, W. Formation of aflatoxin derivatives on thin layer chromatographic plates. J. Assoc. Off. Anal. Chem., 58 : 163-164, 1975.

19. Soares, L. M. V.; Rodriguez-Amaya, D. B. Survey of aflatoxins, ochratoxin A, zearalenone and sterigmatocystin in brasilian foods by using multi-toxin thin layer chromatographic methods. J. Assoc. Off. Anal. Chem., 73 : 22-26, 1989.

20. Torres, D. Z. Micotoxinas: un problema sanitario y econômico. Revision bibliografica. Rev. Cubana Hig. Epidemiol., 25 : 341-356, 1987.

21. Trucksess, M. W.; Nesheim, S.; Eppley, R. M. Thin layer chromatographic determination of deoxynivalenol in wheat and corn. J. Assoc. Off. Anal. Chem., 67 : 40-45, 1984

22. Ueno, Y. The Toxicology of mycotoxins. CRC Crit. Rev. Toxicol., 14 : 99-132, 1985.

23. Ueno, Y. Trichothecenes in food. In: Krogh, P. (ed.). Mycotoxins in food. New York: Academic Press, 1987. p. 123-147.

24. Visconti, A.; Pascale, M. Determination of zearalenone in corn by means of immunoaffinity clean-up and high-performance liquid chromatography with fluorescence detection. J. Chromatogr. A.; 815:133-140,1998.

25. Wogan, G., N. Chemical nature and biological effects of the aflatoxins. Bacteriol. Rev., 30 : 460-470, 1966.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2002 Marize Silva de Oliveira, Guilherme Prado, Fabiana Moreira Abrantes, Luciana Gonçalves dos Santos, Thaís Veloso

Downloads

Não há dados estatísticos.