Contribuição de amostras de sangue no diagnóstico laboratorial da doença meningocócica
pdf

Palavras-chave

aglutinação de látex
hemocultura
contraimunoeletroforese
doença meningocócica
diagnóstico laboratorial

Como Citar

1.
Lopes M, Santos SIS dos. Contribuição de amostras de sangue no diagnóstico laboratorial da doença meningocócica. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 28º de junho de 2002 [citado 29º de abril de 2024];61(1):45-9. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/35016

Resumo

Foram estudados retrospectivamente 73 casos de doença meningocócica (DM), dos quais, analisou-se amostras de líquido céfalorraquidiano (LCR) e de sangue, empregando-se as técnicas de cultura e pesquisa de antígenos polissacarídicos, através da contra imunoeletroforese (CIE) e pela reação de aglutinação de partículas de látex sensibilizadas por antissoros específicos (LA). Os resultados laboratoriais revelaram que 45,2% das amostras foram positivas através da análise do LCR; 41,0% foram positivas pela análise do LCR, hemocultura e/ou soro e 13,6% foram positivas através da análise de hemocultura e/ou soro. Quanto ao tipo de exame realizado com o sangue, notou-se que 35,2% dos casos foram positivos pela hemocultura, e quando se pesquisou o antígeno no soro dos pacientes, obteve-se 24,6% de positividade pela CIE e 46,7% pelo LA. Constatou-se que 13,6% dos casos, só tiveram a confirmação laboratorial, através dos exames realizados em amostras de sangue, destacando-se assim, a importante contribuição desse tipo de material na identificação do agente etiológico e no aumento da positividade do diagnóstico laboratorial da DM.

https://doi.org/10.53393/rial.2002.61.35016
pdf

Referências

1. Alkmin, M.G.A.; Landgraf, F. I. M.; Melles, C.E.A. Avaliação do teste de látex comparativamente à cultura e a imunoeletroforese cruzada no diagnóstico de meningites bacterianas. Rev. Inst. Adolfo Lutz, 55 (1): 19-24, 1995.

2. Alkmin, M.G.A.; Landgraf, F. I. M.; Vieira, M. F. P. Contribuição da imunoeletroforese cruzada em líquido cefalorraquidiano e/ ou soro no diagnóstico de infecções por Neisseria meningitidis grupo B no Brasil. Rev. Inst. Adolfo Lutz, 56 (1): 13-17, 1996.

3. Carrol, E. D. et al. Performance characteristics of the polymerase chain reaction assay to confirm clinical meningococcal disease. Arch. Dis. Child., 83: 271-273, 2000.

4. Kellogg, J. A.; Manzella, J P.; Bankert, D. A. Frequency of low-level bacteremia in children from birth to fifteen years of age. J. Clin. Microbiol., 38(6): 2181-2185, 2000

5. Kemp, B.; Rocha, M.M.M.; Iversson, L.B. Avaliação do diagnóstico laboratorial da doença meningocócica em pacientes internados em um hospital sentinela do município de Campinas/SP, 1988-1991. Rev. Inst. Adolfo Lutz, 57(1): 13-19, 1998.

6. Kuppermann, N. et al. Clinical and hematologic features do not reliably indentify children with unsuspected meningococcal disease. Pedriatics, 103(2):201-206, 1999.

7. Ministério da Saúde. Secretaria de Ações Básicas da Saúde. Divisão Nacional de Laboratórios de Saúde Pública. Normas técnicas para o diagnóstico das meningites bacterinas. Brasília; 1986.

8. Ragunathan, L. et al. Clinical features, laboratory findings and management of meningococcal meningitis in England and Wales: Report of a 1997 Survey. J.Infec., 40: 74–79, 2000.

9. Requejo, H. I. Z.; Nascimento, C. M. P. C.; Fahrat, C. K. Detecção de antígenos em soros sanguíneos de crianças com meningite bacteriana. Laes-Haes, 94: 48-60, 1995.

10. Rocha, M.M.M. et al. Avaliação do diagnóstico laboratorial da doença meningocócica pelos Laboratórios Regionais do Instituto Adolfo Lutz. Rev. Inst. Adolfo Lutz, 58(1): 33-39, 1999.

11. Secretaria de Estado da Saúde. Centro de Vigilância Epidemiológica. Manual de Vigilância Epidemiológica. São Paulo, 1995. (Doença Meningocócica-Normas e Instruções).

12. Secretaria de Estado da Saúde. Coordenação dos Institutos de Pesquisa. Centro de Vigilância Epidemiológica. Divisão de Doenças de Transmissão Respiratória. Meningites-Manual de Instruções, Critérios de Confirmação e Classificação. São Paulo, 2001.

13.Van Deuren, M.; Brandtzaeg, P.; Van Deer Meer, J. W. M. Update on meningococcal disease with emphasis on patogénesis and clinical management. Clin. Microbiol. Rev., 13 (1): 144-166, 2000.

14. Vieira, M.F.P. et al. Bactéria do gênero Haemophilus isoladas de sangue e identificadas na Seção de Bacteriologia, Instituto Adolfo Lutz, no período de 1979 a 1991. Rev. Inst. Adolfo Lutz, 54(2): 88-92,

15. Weiss, D. P. L.; Coplan, P.; Guess, H. Epidemiology of bacterial meningitis among children in Brazil, 1977-1998. Rev. Saúde Pública, 35(3): 249-255, 2001.

16. World Health Organization. Meningococcal Disease: Public Health Burden and Control. Disponível em http://www.who.int/emc/disease/meningitis/index. htm > [2001, nov].

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2002 Maria Lopes, Sandra I. S. dos Santos

Downloads

Não há dados estatísticos.