Epidemiologia da leishmaniose tegumentar americana no Estado de São Paulo, Brasil. II. Utilização de antígeno particulado de Leishamnia (Viannia) braziliensis em inquérito canino em regiões endêmicas
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Palavras-chave

Leishmaniose Tegumentar Americana
Leishmania (Viannia) brariliensis
reservatórios naturais
fontes de infecção
antígeno particulado
teste intradérmico
inquérito canino

Como Citar

1.
Eduardo Tolezano J, Hilomi Taniguchi H, de Fátima Lereno de Araújo M, da Conceição Bisugo M, Aparecida Cunha E, Roberto Elias C, Larosa R. Epidemiologia da leishmaniose tegumentar americana no Estado de São Paulo, Brasil. II. Utilização de antígeno particulado de Leishamnia (Viannia) braziliensis em inquérito canino em regiões endêmicas. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 30º de dezembro de 1998 [citado 4º de dezembro de 2024];57(2):65-71. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/36645

Resumo

Vários pesquisadores tem questionado sobre o papel que animais domésticos poderiam estar exercendo, particularmente como fontes de infecção para o homem em áreas de transmissão para Leishmaniose Tegumentar Americana nas regiões Sudeste e Sul do Brasil. No Espírito Santo tem sido confirmada a participação de cães como "reservatórios" de L. (V) brariliensis na antiga zona de cobertura de mata atlântica, encontrando taxas de infecção bastante elevadas, em tomo de 17% dos cães. No Estado de São Paulo, existe esta mesma preocupação, em relação à fontes de infecção representadas, possivelmente, por cães. Neste estudo foram realizados dois inquéritos para a pesquisa de infecção por Leishmania em populações caninas em áreas de transmissão de LTA nos municípios de Itupeva (região de Jundiaí) e Eldorado ( região do Vale do Ribeira). Pela primeira vez, foi utilizado um teste intradérmíco (TlDR) com antígeno particulado de L.(V) braziliensis e, em paralelo reação de imunofluorescência indireta (RIFI) com antígenos de L.(V) braziliensis, L.(L.) chagas i e L.(L.) amaronensis. Em Itupeva, dos
56 cães inquiridos, 10 (17,86%) foram reativos para, pelo menos, uma das reações, quando admitido qualquer valor de reatividade. Já em Eldorado, 6 (7,8%) dos 77 cães examinados revelaram alguma reatividade, porém com valores inferiores a 5mm ou I :40, respectivamente para a TlDR e RIFI. Esses resultados indicam como bastante promissora e exeqüível, em condições de trabalho de campo, a utilização do TlDR para triagem de infecção natural por Leishmania (V) brariliensis em animais domésticos suspeitos de alguma importância como fonte de infecção. Parece, também, ser pouco provável a participação de cães na manutenção do parasita em Eldorado. Todavia os resultados obtidos em Itupeva reforçam a necessidade de esclarecimento do papel dos cães na circulação de Leishmania. Tais resultados poderão ser fundamentais para a definição de estratégias de controle.

https://doi.org/10.53393/rial.1998.57.36645
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Copyright (c) 1998 José Eduardo Tolezano, Helena Hilomi Taniguchi, Maria de Fátima Lereno de Araújo, Márcia da Conceição Bisugo, Elaine Aparecida Cunha, Carlos Roberto Elias, Rui Larosa

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