Resumo
A epidemiologia da doença de Chagas e da leishmaniose tegumentar americana (LTA) caracteriza-se pelo envolvimento de protozoários digenéticos da família Trypanosomatidae, respectivamente Trypanosoma cruzi e diferentes espécies de Leishmania como agentes etiológicos. Estes parasitas incluem em seus ciclos de vida hospedeiros invertebrados chamados de vetores ou transmissores e hospedeiros vertebrados, estes últimos podendo atuar como reservatórios naturais desses tripanossomatídeos.
Conceitua-se como reservatório natural ou fonte vertebrada de infecção a espécie animal que, na natureza, é passível de transmitir um determinado parasito para outros seres vivos, no caso dos tripanossomatídeos para os vetores (invertebrados) dentro dos ciclos naturais de transmissão do patógeno considerado ou para outros hospedeiros vertebrados em ciclos denominados alternativos, entre os quais transmissão transfusional, oral, congênita e por compartilhamento de seringas entre usuários de drogas etc.
Referências
1. Dias JCP. Notas sobre o Trypanosoma cruzi e suas características bio-ecológicas, como agente de enfermidades transmitidas por alimentos. Rev Soc Bras Med Trop. 2006; 39(4).
2. Ministério da Saúde. Superintendência de Campanhas de Saúde Pública. Divisão de Doença de Chagas SUCAM/MS. Doença de Chagas e Transfusão de Sangue. In: Doença de Chagas: textos de apoio. Brasília: Sucam. 1989; 52. Disponível em: http://carloschagas.ibict.br/doenca/sec/dc-cd-571/dc-cd-571-10.html.
3. Jansen-Franken AM. Trypanosoma cruzi: reflexões sobre reservatórios. Disponível em: http://fiocruz.br/chagas/cgi/cgilia.exe/sys/start.htm.
4. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Manual de Vigilância da Leishmaniose Tegumentar Americana. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2007:180 il. (Série A. Normas e Manuais Técnicos).
5. Roque ALR, Vaz VC. Roedores. Diponível em: http://fiocruz.br/chagas/cgi/cgilia.exe/sys/start.htm.
6. Ministério da Saúde. Superintendência de Campanhas de Saúde Pública. Gouveia SC, Bronjen E, Dias JCP. O Causador da Doença de Chagas Trypanosoma cruzi. In: Doença de Chagas: Textos de apoio. Brasília: Sucam, 1989: 52. Disponível em: http://carloschagas.ibict.br/doenca/sec/dc-cd-571/dc-cd-571-10.html.
7. Marzochi MCA. Leishmanioses no Brasil. As Leishmanioses Tegumentares. JBM. 1992; 63(5/6): 82-104.
8. Forattini OP. Sobre os reservatórios naturais de leishmaniose tegumentar americana. Rev Inst Med Trop S. Paulo. 1960; 2: 195-203.
9. Forattini OP, Pattoli DBG, Rabello EX & Ferreira AO. Infecções naturais de mamíferos silvestres em área endêmica de leishmaniose tegumentar no Estado de São Paulo, Brasil. Rev Saúde Públ. 1972; 6:255-61.
10. Forattini OP, Pattoli DBG, Rabello EX & Ferreira OA. Nota sobre a infecção natural de Oryzomys capito laticeps em foco enzoótico de leishmaniose tegumentar no Estado de São Paulo. Rev Saúde Públ. 1973: 7:181-4.
11. Yoshida EL.A, Silva R, Cortez LS & Correa FMA. Encontro de espécie do gênero Leishmania em Didelphis marsupialis aurita no Estado de São Paulo, Brasil. Rev Inst Med Trop São Paulo.1979; 21: 110-3.
12. Tolezano JE, Araujo MFL, Balanco JMF, Valentin AM & Barca ML. Leishmania sp isolated from blood heart of Akodon sp (Rodentia, Cricetidae) caught in Iguape City, São Paulo State, Brazil. In: Proceedings of 15th Annual Meeting on Basic Research in Chagas’ Disease, 1988. Caxambu, MG, Brasil.
13. Lainson R.. The American Leishmaniasis: some observations on their ecology and epidemiology. Trans R Soc Trop Med Hyg. 1983; 77: 569-596.
14. Mello DA. Parasitic disease in Brazil and the role of wild mammals: an analysis based on leishmaniasis, Chagas disease and Schistosomiasis mansoni. Ciênc Cult.1991; 43: 274-278.
15. Hertig M, Fairchild GB e Johnson CM.. Leishmaniasis transmission-reservoir project. Ann Rep Gorgas Memor Laboratory. 1957; 9-11.
16. Lainson R & Shaw JJ. Evolution, classification and geographical distribution. In: Peters W, Killick-Kendrick R editors. The Leishmaniases in Biology and Medicine. I. Biology and Epidemiology. London: Academic Press Inc; 1987:1-120.
17. Tolezano JE, Westphalen EVN, Taniguchi HH, Araújo MFL, Garcia AS, Westphalen SR et al. Dinâmica de circulação de Trypanosoma cruzi no ambiente natural florestado na Ilha de São Sebastião (Ilhabela), Litoral Norte do Estado de São Paulo, Brasil. In: Anais da XX Reunião Anual de Pesquisa Aplicada em Doença de Chagas & VIII de Leishmanioses, 2004. Uberaba, Minas Gerais, Brasil.
18. Tolezano JE, Taniguchi HH, Araújo MFL, Cunha EA, Chioccola VLP, Shaw JJ. Evidence of different Leishmania enzootic cycles, specially L (V) braziliensis in two endemic american cutaneous leishmaniasis (ACL) regions of São Paulo State, Brazil. In: Proceedings of 3rd World Congress Of Leishmaniasis, 2005. Palermo, Itália.
19. Tolezano JE, Taniguchi HH, Chioccola VLP, Cunha EA, Garcia AS, Gomes AHS et al. Enzootia silvestre por Leishmania (Viannia) braziliensis em regiões endêmicas para leishmaniose tegumentar americana (LTA) no Estado de São Paulo, Brasil. [resumo]. Rev Soc Bras Med Trop. 2005; 38:410-411. In: XLI Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical & I Encontro de Medicina Tropical do Cone Sul, 2005. Florianópolis, SC, Brasil.
20. Tolezano JE, Taniguchi HH, Araújo MFL, Cunha EA, Garcia AS, Barbosa JAR et al. Ecoepidemiologia das leishmanioses: experiência de 25 anos de estudos no Estado de São Paulo, Brasil, 1980-2005. [resumo]. Rev Patol Tropical, 2005. In: XIX Congresso Brasileiro de Parasitologia, 2005. Porto Alegre, Brasil.
21. Taniguchi HH, Araújo MFL, Barbosa JAR, Barbosa JER, Gomes AHS, Pereira-Chioccola VL et al. Dynamics of circulation and perpetuation of Leishmania spp and leishmaniasis in the state of São Paulo, Brazil, an ancient colonization region. In: 4th World Congress on Leishmaniasis, 2009. Lucknow, India. WorldLeish4, 2009.
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright (c) 2010 Helena Hilomi Taniguchi, José Eduardo Tolezano