LEISHMANIOSE TEGUMENTAR E DOENÇA DE CHAGAS: UMA VISÃO DA RESPOSTA IMUNE IN SITU DO HOSPEDEIRO NO LOCAL DAS LESÕES – O DIAGNÓSTICO IMUNE TECIDUAL

Resumo

A trajetória das doenças infecciosas no século passado passou por vários episódios de euforia frente ao relativo sucesso de medidas de controle implantadas. Assim, no início do século XX os bons resultados obtidos com a prevenção da Malária levaram muitos pesquisadores a acreditar na possibilidade de que o homem venceria o desafio representado pelas doenças infecciosas. A constatação induziu o secretário da USA a afirmar em 1948, que “o mundo agora tem meios de erradicar as doenças infecciosas”. A meta mundial seria erradicar as doenças infecciosas com prazo estipulado para o ano 2000. Paralelamente, desenvolveu-se a crença de estabilidade dos agentes infecciosos. Eis que surgiu, na contramão das crenças e propósitos, a epidemia de AIDS e a imensa e global problemática das doenças emergentes e re-emergentes, com a importância e complexidade que ora estamos convivendo. Estamos ainda assistindo, especialmente nos países em desenvolvimento, as dificuldades imensas que as políticas de saúde estão enfrentando para lidar com as chamadas Doenças negligenciadas e extremamente negligenciadas, entre as quais estão incluídas a Leishmaniose e a Doença de Chagas.