DOENÇA DE CHAGAS: DIAGNÓSTICO DE LABORATÓRIO
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Como Citar

1.
Ferreira AW. DOENÇA DE CHAGAS: DIAGNÓSTICO DE LABORATÓRIO. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 30º de dezembro de 2010 [citado 4º de dezembro de 2024];69:41-6. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/38537

Resumo

O diagnóstico de laboratório da doença de Chagas é feito por métodos parasitológicos, radiológicos e por testes sorológicos.

Os métodos parasitológicos de diagnóstico podem ser utilizados tanto na fase aguda como na fase crônica da doença.

Na fase aguda são utilizados métodos diretos para pesquisa de tripanossomas na corrente sanguínea e, indiretos como o xenodiagnóstico que apresenta elevada sensibilidade. A pesquisa de tripanossomas pode ser feita por microcospia direta, onde o sangue é examinado entre lâmina e lamínula, durante as primeiras seis semanas da doença. Variáveis do método direto, como a coloração de Giemsa, gota espessa, concentração do sangue ou microhematócrito, aumentam a probabilidade da detecção de baixas parasitemias. Uma variável promissora, o sistema Quantitative Buffy Coat (QBCâ- method), que está sendo utilizado na pesquisa de plasmódios, tem sido aplicado com sucesso na pesquisa de tripanossomas, principalmente quando o nível de parasitemia é muito baixo. Vários autores referem à importância do método na pesquisa de tripanossomas em recém-nascidos com infecção congênita, em material de medula óssea, em pacientes cardíacos transplantados e em líquido cefalorraquidiano.

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Copyright (c) 2010 Antonio Walter Ferreira

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