ENTEROCOCOS RESISTENTES A VANCOMICINA (VRE): LINHAGENS GENÉTICAS CIRCULANTES APÓS SURTO OCORRIDO EM 1998
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Como Citar

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Sacramento G, Lima C, Zanella C. ENTEROCOCOS RESISTENTES A VANCOMICINA (VRE): LINHAGENS GENÉTICAS CIRCULANTES APÓS SURTO OCORRIDO EM 1998. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 22º de outubro de 2009 [citado 28º de abril de 2025];68(Suplemento 1):BM-75. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/39634

Resumo

O primeiro surto por VRE no Brasil ocorreu em 1998 em um hospital terciário da cidade de São Paulo. Neste, 50 cepas foram isoladas de infecção e caracterizadas pelo PFGE. E. faecalis foram classificados em 5 tipos moleculares (A1-8,B,C,D,E) e E. faecium em 3(M,N,O). Desde a ocorrência do surto o isolamento de VRE manteve-se contínuo no decorrer do tempo. Este estudo teve como objetivo dar seqüência ao monitoramento dos tipos genéticos de VRE circulantes no hospital, durante o período de 1999-2008. Foram analisadas 69 cepas isoladas de sangue (27/39%), urina (23/33%) e líquidos cavitários (19/28%). Entre as 69 cepas identificadas, 49(71%) eram E. faecalis e 20(29%) E. faecium. De 1999 a 2005, o E. faecalis foi a espécie de maior freqüência (97%) e a partir de 2005 observou-se uma inversão de espécie, passando o E. faecium a ser mais freqüentemente identificado a partir de 2006, representando 53%. A tipagem molecular identificou três dos cinco padrões genéticos anteriormente caracterizados entre as cepas de E. faecalis isoladas neste período, o tipo A, B e D. Entre as cepas do tipo A, novos subtipos foram caracterizados (A9-15), entretanto o subtipo A8, caracterizado durante o surto, foi o de maior freqüência, representado por 41% das cepas de E. faecalis. Um novo tipo genético foi caracterizado entre as cepas de E. faecium, o tipo P, representado por 7 subtipos. Portanto, podemos concluir que o tipo genético A (E. faecalis) continua circulando no hospital e que o subtipo A8, no momento, é o mais freqüente se
sobrepondo ao subtipo A1 que predominou durante o surto. Entretanto, estes dois subtipos demonstram alta similaridade genética (90%), indicando a ocorrência da disseminação entre pacientes através de uma fonte comum. Diferentemente do dado encontrado entre as cepas de E. faecium em que se caracterizou um novo tipo genético circulante.

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Copyright (c) 2009 GA Sacramento, CJM Lima, CR Zanella

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