ESTUDO DA SOROPREVALÊNCIA DA PARACOCCIDIOIDOMICOSE EM MUNÍCIPES DE JUNDIAÍ, SÃO PAULO
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Como Citar

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Aquino S, Aquino V, Barreto L, Passos A, Vicentini-Moreira A. ESTUDO DA SOROPREVALÊNCIA DA PARACOCCIDIOIDOMICOSE EM MUNÍCIPES DE JUNDIAÍ, SÃO PAULO. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 22º de outubro de 2009 [citado 18º de julho de 2024];68(Suplemento 1):BM-80. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/39645

Resumo

No Brasil, a paracoccidiodomicose figura como a oitava causa de morte entre doenças crônicas ou repetitivas, apresentando a maior taxa de mortalidade entre as micoses sistêmicas. Avaliamos a soroprevalência da paracoccidioidomicose na cidade de Jundiaí através das informações sorológicas de 364 pacientes cadastrados no Banco de Dados do Laboratório de Imunodiagnóstico das Micoses no período de dezembro de 1998 a dezembro de 2008. O diagnóstico presuntivo foi realizado pelo ensaio de imunodifusão dupla. Dos 364 pacientes, 75,5% são do sexo masculino e 24,5% do feminino. A detecção de anticorpos anti-P. brasiliensis foi observada em 28,3% dos indivíduos. Destes, 86 (83,5%) eram do sexo masculino e 17 (16,5%) do feminino. Quanto à faixa etária, homens com idade entre 51 a 60 anos apresentaram o maior percentual de reatividade (37%). Já as mulheres apresentaram maior reatividade entre 31 a 40 e 51 a 60 anos. Não verificamos reatividade em pacientes de ambos os sexos com idade inferior a 10 anos, entretanto, 6% das mulheres, com idade entre 11 a 20 anos, apresentaram reatividade para P.brasiliensis. Apenas 1% dos pacientes do sexo masculino com idade entre 11 a 20 anos apresentou anticorpos específicos. Em relação ao acompanhamento sorológico, pacientes de ambos os sexos, com ausência de reatividade foram monitorados no máximo por quatro anos; 12% dos homens retornaram com maior freqüência no primeiro ano (47,8%) com decréscimo após dois anos de acompanhamento. A soro-conversão (não reagentes para reagentes) foi observada em 11,5% deste grupo. Em relação às mulheres, 16% mantiveram a avaliação após a primeira ausência de reatividade, sendo o segundo ano o de maior número de retornos (41,7%) com decréscimo a partir do 3° ano; apenas 5 ,8% apresentaram soroconversão. Apesar do município de Jundiaí ser um importante pólo industrial, observamos alta reatividade sorológica para P.brasiliensis nos pacientes avaliados, sugerindo hiperendêmicidade da doença na região.

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Copyright (c) 2009 S Aquino, VS Aquino, LC Barreto, AN Passos, AP Vicentini-Moreira

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