COQUELUCHE: DISTRIBUIÇÃO DE CEPAS DE Bordetella pertussis no BRASIL, 2008 - 2012
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Como Citar

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Martins L, Melo L, Fiório C, Blanco R, Fernandes S, de Estudo de Coqueluche G, Leite D. COQUELUCHE: DISTRIBUIÇÃO DE CEPAS DE Bordetella pertussis no BRASIL, 2008 - 2012. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 23º de novembro de 2012 [citado 18º de julho de 2024];71(Suplemento 1):M-008. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/39712

Resumo

Introdução e objetivos: Bordetella pertussis é o agente etiológico da coqueluche, doença infecciosa de ocorrência mundial e com alta prevalência entre recém-nascidos e crianças com esquema de imunização incompleto. Um grande número de casos tem sido relatado entre adolescentes/adultos que constituem importantes fontes de infecção para os bebês. O objetivo deste estudo foi identificar e avaliar a distribuição das cepas de Bordetella sp no Brasil, durante o período de janeiro/2008 a julho/2012. Métodos: O Laboratório de Referência Nacional para Coqueluche, Instituto Adolfo Lutz (IAL) Central, recebeu 1.060 cepas de Bordetella sp provenientes dos Centros dos Laboratórios Regionais do IAL e dos Laboratórios Centrais de Saúde Pública do país. As cepas foram cultivadas utilizando-se metodologia padronizada. A identificação das espécies foi feita através da coloração de Gram e testes bioquímicos e a sorotipagem foi realizada para detecção do antígeno O1, específico para B. pertussis, pelo teste de aglutinação em lâmina. Resultados: Todas as 1.060 amostras foram confirmadas como B. pertussis sendo a maior parte pertencente ao sorotipo 1,3. Cepas dos Estados do Sudeste representaram 63% (673), sendo a maioria (62%) do Estado de São Paulo. As cepas restantes foram provenientes da região Sul (19%), Nordeste (12%), Centro-Oeste (4%) e Norte (1,3%). A faixa etária predominante foi de crianças com idade igual ou inferior a seis meses(63%). As crianças maiores e adolescentes/adultos corresponderam a 28% e os não informados, 9%. Conclusão: Apesar da coqueluche ser uma doença de notificação compulsória no Brasil desde 2001, falhas no reconhecimento da doença e seu diagnóstico entre adolescentes/adultos, pode contribuir para sua subnotificação. Nossos resultados representam apenas uma fração do número real de casos de coqueluche que ocorrem no Brasil. O contínuo monitoramento da doença e informações da prevalência por faixa etária pode contribuir para o desenvolvimento de políticas de reforços da vacina em adolescentes/adultos.

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Copyright (c) 2012 LM Martins, LCV Melo, CE Fiório, RM Blanco, SA Fernandes, Grupo de Estudo de Coqueluche, D Leite

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