PROBLEMAS MAIS FREQUENTES NA BACTERIOSCOPIA (GRAM) DE LÍQUIDO CEFALORRAQUIDIANO NO DIAGNÓSTICO DA MENINGITE – IMPORTÂNCIA DE CADA ETAPA DO MÉTODO NA QUALIDADE FINAL DO RESULTADO
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Lemes-Marques E. PROBLEMAS MAIS FREQUENTES NA BACTERIOSCOPIA (GRAM) DE LÍQUIDO CEFALORRAQUIDIANO NO DIAGNÓSTICO DA MENINGITE – IMPORTÂNCIA DE CADA ETAPA DO MÉTODO NA QUALIDADE FINAL DO RESULTADO. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 22º de outubro de 2009 [citado 18º de julho de 2024];68(Suplemento 1):BM-162. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/40129

Resumo

A coloração de Gram em líquido cefalorraquidiano é uma etapa rápida e precoce no diagnóstico da meningite bacteriana. O objetivo deste trabalho é mostrar que embora este método seja relativamente simples, a sua realização exige experiência e qualidade técnica laboratorial, pois muitos fatores podem influenciar no resultado final, não só devidos a falhas no procedimento como também às próprias limitações do método. A técnica mais comumente utilizada é a modificada por Hucker. Fatores limitantes são o tempo decorrido entre a coleta da amostra e a realização do exame; a pobre e inconsistente adesão bacteriana à lâmina (que pode levar a perdas durante os processos de coloração e lavagem); a maior intensidade a coloração quando usada em bactérias em crescimento; o uso prévio de antibiótico que deixa as bactérias mais susceptíveis à descoloração e podendo apresentar morfologia atípica; e a baixa sensibilidade do método (que não detecta bactérias quando a sua concentração está abaixo de 5000 células/mL). Na etapa inicial, o uso de lâmina nova, a espessura, o processo de secagem ao ar e a fixação do esfregaço (evitando-se calor excessivo que pode distorcer as células tanto na forma como no tamanho) são pontos importantes. A etapa de descoloração, que é uma das principais causas de erros no diagnóstico, deve ser rápida e precisa. Na leitura, a atenção deve estar voltada não só para a cor dos microrganismos, mas também para a morfologia característica das principais bactérias causadoras de meningites, e para a coloração de fundo que é chave no diagnóstico de falhas na coloração como um todo. Desta forma, a experiência do microscopista é um fator limitante na qualidade e fidelidade dos resultados e no uso do método para o diagnóstico precoce da meningite. Maior atenção deve ser dada pelos laboratórios no preparo destes profissionais, principalmente nos serviços de emergência quando a
confirmação por um profissional experiente nem sempre é possível no momento.

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Copyright (c) 2009 EG Lemes-Marques

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