UTILIZAÇÃO DA PREVALÊNCIA DE ANTICORPOS IgG ANTI-Toxoplasma gondii EM CÃES DOMICILIADOS DO MUNICÍPIO DE BAURU, ESTADO DE SÃO PAULO COMO INDICADOR DE CONTAMINAÇÃO AMBIENTAL PARA TOXOPLASMOSE
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Como Citar

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Santos P, Freire M, Aureliano D, Gutierres A, Neto J, Barbosa J, Taniguchi H, Castellão K, Shaw J, Tolezano J, Hiramoto R. UTILIZAÇÃO DA PREVALÊNCIA DE ANTICORPOS IgG ANTI-Toxoplasma gondii EM CÃES DOMICILIADOS DO MUNICÍPIO DE BAURU, ESTADO DE SÃO PAULO COMO INDICADOR DE CONTAMINAÇÃO AMBIENTAL PARA TOXOPLASMOSE. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 22º de outubro de 2009 [citado 18º de julho de 2024];68(Suplemento 1):BM-188. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/40221

Resumo

A toxoplasmose causada pelo Toxoplasma gondii, geralmente provoca uma infecção crônica assintomática no homem. A infecção congênita ou em hospedeiros imunodeprimidos pode resultar, porém, em graves danos ao SNC. Os felídeos são os hospedeiros definitivos e os animais de produção e de estimação como os cães também se infectam com o protozoário. Em virtude de seus hábitos alimentares e contato direto com o ambiente, a infecção natural encontrada em cães pode ser utilizada como indicador epidemiológico da contaminação ambiental por T. gondii. No presente estudo objetivou-se determinar a prevalência de anticorpos anti-T. gondii em cães dos bairros Santa Terezinha e Parque Manchester do município de Bauru, localizado na região central do Estado de São Paulo. Foram analisadas 175 amostras de soros de cães domiciliados, submetidas ao ELISA indireto com IC de 99% e cut-off de 0,216. Na análise total das amostras, verificou-se uma positividade de 21,7% (38/175), sendo que o bairro Santa Terezinha apresentou 19,2% (24/125) e Parque Manchester 28% (14/50). Em levantamento recente, realizado no Centro de Controle de Zoonoses de Bauru, com cães recolhidos de diferentes regiões do município, observou-se 42,7% (73/171) de soroprevalência anti-T. gondii, valor superior ao obtido no presente estudo com cães domiciliados. Quando os dados são analisados, utilizando-se a distribuição espacial dos animais positivos, verificou-se que em Santa Terezinha, bairro urbanizado com ruas asfaltadas, o padrão de distribuição da infecção canina foi focal. No Parque Manchester, bairro recém formado, com ruas de terra e casas de madeira, essa distribuição espacial apresentou um padrão mais disperso, embora os dois bairros sejam contíguos. Dado que os cães, como o homem são hospedeiros intermediários, a investigação de anticorpos IgG anti-T. gondii nesses animais constitui-se, em uma ferramenta importante para a avaliação da contaminação ambiental e da exposição da população humana.

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Copyright (c) 2009 PA Santos, MP Freire, DP Aureliano, A Gutierres, JRG Neto, JER Barbosa, HH Taniguchi, KG Castellão, JJ Shaw, JE Tolezano, RM Hiramoto

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