VITAMINA A EM LEITES FORTIFICADOS

Resumo

A vitamina A, uma vitamina lipossolúvel também conhecida como retinol (RE), participa de uma série de funções biológicas e que, por não ser sintetizada no organismo, deve ser fornecida pela dieta. A ingestão insuficiente de vitamina A, bem como o uso
prolongado de grandes doses podem ser prejudiciais ao organismo. O presente trabalho teve como objetivos avaliar o teor de vitamina A em 559 amostras de leite pasteurizado tipo C fortificados, consumidos pela população carente do estado de São Paulo, durante o período de agosto de 2007 a maio de 2009. Para quantificação utilizou-se digestão alcalina a frio, extração com éter de petróleo e detecção por cromatografia líquida em fase reversa (C-18) com detector de fluorescência. As concentrações consideradas de acordo correspondem ao intervalo de 80 a 120 % do valor declarado no rótulo das embalagens, que é de 120 µgRE/200 mL. Do total de amostras analisadas, verificou-se que 40 % (227) apresentaram concentrações de RE em acordo com o declarado no rótulo, enquanto em 52 % (291) a concentração estava abaixo de 96 µg de RE/200 mL (34 a 94 µgRE/200 mL) e 7 % (41) acima de 144 µgRE/200 mL (145 a 3230 µgRE/200 mL). Pode-se verificar que somente 40 % das amostras apresentaram teores de vitamina A de acordo com os valores declarados, valor ideal de fortificação (120µgRE/200mL), sendo que a maioria das amostras apresentaram teores de vitamina A abaixo de 80% do declarado no rótulo. A fiscalização contínua de alimentos adicionados é importante, principalmente para que as empresas controlem a adição de vitamina A, garantindo a ingestão adequada desta vitamina pelo consumo de leites fortificados distribuídos pelos programas governamentais contribuindo para a diminuição da carência dessa vitamina.