Comorbidades e Sequelas Relacionadas à Coinfecção por Aspergillus spp. em Pacientes com COVID-19: uma Revisão Sistemática
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Palavras-chave

COVID-19
Aspergilose
Vigilância em Saúde

Como Citar

1.
Orias AR, Bonfietti LX, Kawai JGC, Petroni TF. Comorbidades e Sequelas Relacionadas à Coinfecção por Aspergillus spp. em Pacientes com COVID-19: uma Revisão Sistemática. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 3º de novembro de 2024 [citado 5º de fevereiro de 2025];83:e40738. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/41042

Resumo

O Aspergillus spp. é um fungo filamentoso anemófilo que pode ser patógeno oportunista e um dos principais agentes fúngicos causadores de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS). Com o advento da pandemia de COVID-19 a partir de 2020, houve um aumento significativo nos casos de coinfecção, frequentemente referida como “Aspergilose Pulmonar Associada à COVID-19 (CAPA)”, caracterizada por uma alta taxa de mortalidade. Este estudo teve como objetivo identificar as principais comorbidades relacionadas à ocorrência de CAPA e as principais sequelas decorrentes desta coinfecção, buscando oferecer informações que contribuam para um manejo clínico mais eficaz e a prevenção de novas infecções. Foi realizado em levantamento bibliográfico nas bases de dados PubMed, Biblioteca Virtual em Saúde, SciELO e Google Acadêmico de artigos publicados entre 2020 e 2024 disponíveis nos idiomas inglês, português e espanhol, utilizando-se os descritores CAPA, Aspergillus spp., COVID-19, infecção nosocomial. Foi observado que a CAPA foi uma complicação comum em pacientes graves com COVID-19, especialmente aqueles utilizando ventilação mecânica (~90%). Estudos demonstraram prevalência dessa coinfecção de 0 a 34%, com média de 10%, afetando principalmente pacientes imunocomprometidos (~7%), utilizando algum medicamento imunomodulador (~70%) e longas internações (intervalo de 5-14 dias) em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A coinfecção apresentou alta taxa de mortalidade (~50%) e complicações pulmonares, incluindo formação de nódulos (11,1%), cavitações (10,6%) entre outras anomalidades traqueo-bronquiais (3,1%). Estudos mais recentes apontam para a necessidade de vigilância contínua e estratégias de tratamento e diagnóstico diferenciados para reduzir a mortalidade associada a essa coinfecção.

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Copyright (c) 2024 Anderson Rafael Orias, Lucas Xavier Bonfietti, Juliana Galera Castilho Kawai, Tatiane Ferreira Petroni

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