Vigilância laboratorial: diagnóstico diferencial de dengue e chikungunya em pacientes com suspeita clínica de leptospirose
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Palavras-chave

Diagnóstico Diferencial
Leptospirose
Arboviroses

Como Citar

1.
Santiago RM, Vianna MP de N, Cavalcante Ítalo JM, Burgoa JSV, Ramalho ILC, Cavalcante KF, Melo LK de, Lima STS de. Vigilância laboratorial: diagnóstico diferencial de dengue e chikungunya em pacientes com suspeita clínica de leptospirose. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 3º de novembro de 2024 [citado 22º de janeiro de 2025];83:e40702. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/41130

Resumo

As arboviroses transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti representam um dos principais desafios global de saúde pública. A dengue, arbovirose urbana mais significativa nas Américas, é causada pelo vírus da dengue (DENV), possuindo quatro sorotipos. A chikungunya, por sua vez, tem como agente etiológico o vírus chikungunya (CHIKV), um arbovírus RNA de fita simples, amplamente disseminado no Brasil. Ambas possuem sintomas semelhantes como febre, dor de cabeça, dores no corpo. A leptospirose é uma infecção febril que se inicia de forma abrupta, apresentando um espectro clínico que pode variar de casos assintomáticos a formas graves. No Brasil, dengue, chikungunya e leptospirose são doenças endêmicas que podem se tornar epidêmicas durante períodos de chuvas. As arboviroses urbanas compartilham vários sinais clínicos com a leptospirose, o que pode dificultar a suspeita inicial por parte dos profissionais de saúde, complicando a adoção de um manejo clínico adequado. Diante disso, o objetivo deste estudo foi evidenciar a importância da vigilância laboratorial por meio do diagnóstico de dengue e chikungunya em pacientes com suspeita de leptospirose. Foram analisadas 158 amostras de indivíduos com suspeita clínica de leptospirose que testaram negativo nos testes ELISA-IgM. Dentre os 158 participantes, 12 (7,59%) apresentaram resultado positivo para dengue no teste ELISA-IgM. Em relação à chikungunya, 17 (10,75%) dos participantes também testaram positivo. Esses achados indicam a importância do diagnóstico diferencial em doenças que possuem sinais e sintomas clínicos semelhantes. É fundamental identificar corretamente o agente etiológico do agravo para facilitar a tomada de decisões preventivas, garantir a notificação compulsória para intervenções rápidas e apoiar o tratamento específico de cada paciente.

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Copyright (c) 2024 Rodrigo Maia Santiago, Marisa Perdigão de Negreiros Vianna, Ítalo José Mesquita Cavalcante, Jaqueline Souto Vieira Burgoa, Izabel Letícia Cavalcante Ramalho, Karene Ferreira Cavalcante, Luanna Kelly de Melo, Shirlene Telmos Silva de Lima

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