Esporotricose felina: avanço da zoonose no município de São Vicente, São Paulo, Brasil
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Palavras-chave

Esporotricose
Zoonoses
Epidemiologia

Como Citar

1.
Lopes RD, Pinto GFA, Bombonatte AGC. Esporotricose felina: avanço da zoonose no município de São Vicente, São Paulo, Brasil. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 3º de novembro de 2024 [citado 5º de fevereiro de 2025];83:e40662. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/41145

Resumo

A esporotricose é uma zoonose, conhecida por “Doença do Jardineiro”, causada pelo fungo pertencente ao gênero Sporothrix, de natureza dimórfico. A doença se manifesta de quatro formas diferentes, mas com destaque a forma cutânea com lesões ulcerativas e exsudativas. No Brasil, a zoonose atinge principalmente os gatos domésticos, sendo os maiores responsáveis pela transmissão aos humanos. Em 2024, em São Paulo (SP), a esporotricose é classificada como Doença de Notificação Compulsória de Interesse Estadual. O estudo descreve os casos de esporotricose felina no município de São Vicente – SP. Os dados foram coletados das fichas de registro dos felinos em tratamento da Unidade Municipal de Vigilância de Zoonoses, entre 2022 e 2023, com as variáveis: sexo do animal, critério de confirmação do caso, evolução do tratamento e local aproximado de residência. Para a análise dos casos foi usado o programa Excel, versão 2309 (build 16827.20166) e para a distribuição geográfica destes, segundo Índice de Vulnerabilidade Social (IPVS) do estado de SP, foi usado o site Google Earth (versão 10.38.0.0). Foram analisadas 121 fichas de casos suspeitos da doença, destes 76,86% foram positivas, 81,72% com confirmação laboratorial, 43,01% em bairros com elevada vulnerabilidade social, segundo IPVS. Entre os casos encerrados, 32,00% (16/50) tiveram alta por cura, 30,0% (15/50) foram a óbito e 38,00% (19/50) abandonaram o tratamento. O caráter epidemiológico da doença se assemelha a outros municípios brasileiros, demonstrando um grande risco ao sistema de saúde pública. Tratar a doença como de notificação compulsória, fortalece o conhecimento epidemiológico, avançar no diagnóstico além do gênero, e intensificar as medidas de prevenção e controle, são ferramentas cruciais diante do avanço dessa zoonose.

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Copyright (c) 2024 Ramon Dantas Lopes, Giselle Ferreira Azevedo Pinto, Andrea Gobetti Coelho Bombonatte

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