Vigilância laboratorial da esporotricose humana no estado de São Paulo – período de julho de 2023 a julho de 2024
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Palavras-chave

Esporotricose
Sporothrix
Zoonoses

Como Citar

1.
Andrade TS de, Strejevitch CSM, Araújo MR, Bozzoli LM, Castilho NVG. Vigilância laboratorial da esporotricose humana no estado de São Paulo – período de julho de 2023 a julho de 2024. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 3º de novembro de 2024 [citado 5º de fevereiro de 2025];83:e40660. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/41146

Resumo

Esporotricose é micose de implantação, comum em países de clima tropical e subtropical. Nos últimos anos, os casos em humanos e animais aumentaram, tornando-se problema de saúde pública. Estudos mostram que a doença não está mais associada à atividade laboral, mas principalmente à transmissão zoonótica, por arranhões e mordidas de gatos infectados, causando surtos e transformar-se em epidemias, como a que ocorre há anos no estado do Rio de Janeiro e em menor proporção em outros estados. Esta reemergência é devido ao surgimento da nova espécie Sporothrix brasiliensis, a qual é mais virulenta, e devido ao crescente número de casos, desde abril de 2024 a micose é de notificação compulsória no estado de São Paulo, neste cenário, o Instituto Adolfo Lutz tem papel crucial no apoio à vigilância, realizando o diagnóstico laboratorial. Este estudo teve o objetivo de avaliar dados da rotina geral do período de julho de 2023 a julho de 2024, como a suspeita clínica, localização geográfica, tipo de material biológico e resultados da identificação da espécie por Maldi Tof, PCR e sequenciamento Sanger. Do total de 677 amostras, 107 eram suspeitas para esporotricose, provenientes de 17 cidades, as amostras enviadas com mais frequência foram em swab (49) e fragmento de pele (39), com total de 51 positivas (47,6%), sendo 18 (36,73%) de swab e 15 (38,46%) de fragmento, 46 foram identificadas como S. brasiliensis, cinco como S. shenckii, outros agentes primários também foram isolados, quatro Microsporum canis, um Microsporum gypseum e dois Fonsecaea pedrosoi. Nossos resultados comprovam a prevalência da espécie S. brasiliensis no estado, no entanto, a positividade abaixo de 50% dos casos suspeitos, pode indicar o envio de amostras inadequadas para o diagnóstico da esporotricose humana, comprometendo a notificação, e evidenciando a necessidade das ações de vigilância para o controle da doença no estado

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Copyright (c) 2024 Nicolas Vieira Guerra Castilho, Cristina Silva Meira Strejevitch , Mirian Rando Araújo , Ligia Maria Bozzoli, Tânia Sueli de Andrade

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