Monitoramento da qualidade da água de hemodiálise em estabelecimentos de saúde no estado do Pará no período de 2023 a 2024
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Palavras-chave

Diálise Renal
Qualidade de Água
Endotoxinas

Como Citar

1.
Pantoja DNSM, Siqueira AS, Ichihara KG, Almeida JLS de, Tavares MI de SE, Pantoja NG. Monitoramento da qualidade da água de hemodiálise em estabelecimentos de saúde no estado do Pará no período de 2023 a 2024. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 3º de novembro de 2024 [citado 5º de fevereiro de 2025];83:e40690. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/41201

Resumo

O controle da qualidade da água de hemodiálise é essencial para prevenir complicações e infecções em pacientes com imunidade comprometida. O monitoramento contínuo garante que a água esteja livre de contaminantes prejudiciais. Este estudo objetivou traçar um perfil da qualidade microbiológica e físico-química de amostras de água de hemodiálise, conforme a legislação vigente RDC n°11, de 13/03/2014, da Anvisa, enviadas ao Laboratório Central do Estado do Pará. Foram analisadas 89 amostras de 34 estabelecimentos de saúde em 2023 e 2024, seguindo a RDC supracitada tanto para as análises microbiológicas, quanto para as análises de condutividade. A condutividade foi o principal parâmetro com resultados insatisfatórios, com 27 amostras (30%), sendo 11 coletadas na saída da osmose portátil. As amostras apresentaram valores acima dos padrões estabelecidos na legislação variando de 10,20 a 215,2 μS/cm a 25 °C. Com relação às análises microbiológicas, 13 amostras (15%) foram consideradas insatisfatórias para contagem de bactérias heterotróficas devido à observação de valores na faixa de 135 a 2.900 UFC/mL e oito (9%) foram positivas para presença de coliformes totais, sendo apenas uma amostra positiva em ambos os parâmetros microbiológicos. Cinco amostras (5,6%) apresentaram concentração de endotoxinas superior a 0,25 EU/mL. A saída da osmose portátil foi o ponto de coleta mais frequente dentre as amostras reprovadas em análises microbiológicas, contemplando 58% dos casos (15/26), tendo sido ainda analisadas amostras em pontos de coleta como a entrada do sistema, retorno do looping, reuso e dialisato. Desta forma, alterações na condutividade e contaminação microbiológica na água de hemodiálise, especialmente em sistemas de osmose portátil, podem causar sérias complicações em pacientes na UTI, incluindo desequilíbrios eletrolíticos, infecções e toxicidade por metais pesados, evidenciando a importância de um monitoramento rigoroso da qualidade do produto.

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Copyright (c) 2024 Danielle Nazaré Salgado Mamede Pantoja, Andrei Santos Siqueira, Karin Gonçalves Ichihara, Joana Lucia Santos de Almeida, Maria Izabel de Sousa Estrela Tavares, Nailda Gomes Pantoja

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