Avaliação da concentração de icaridina em diferentes apresentações de repelentes de insetos
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Palavras-chave

Repelentes de Insetos
Controle de Qualidade
Cromatografia Líquida de Alta Pressão

Como Citar

1.
Farias FF, Silva MSG, Silva VCM, Martins VAP, Bárbara MCS. Avaliação da concentração de icaridina em diferentes apresentações de repelentes de insetos. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 3º de novembro de 2024 [citado 5º de fevereiro de 2025];83:e40567. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/41226

Resumo

O número de casos de dengue, zika, febre amarela e chikungunya são alarmantes no Brasil. Uma das formas de prevenção destas doenças é a contenção química por meio do uso de repelentes de insetos. O tempo de ação destes produtos depende, entre outros fatores, do teor dos ingredientes ativos. Concentrações inferiores às declaradas no rótulo podem comprometer a eficácia do produto, enquanto maiores podem levar a riscos toxicológicos. Os repelentes de insetos são classificados como produtos cosméticos, grau 2, sujeitos a registro. Dentre as substâncias ativas sintéticas permitidas pela ANVISA está a icaridina. O objetivo deste estudo foi avaliar o teor do ativo icaridina em diferentes apresentações de repelentes de insetos disponíveis no mercado brasileiro. O método foi previamente validado em HPLC-DAD, conforme diretrizes do ICH, demonstrando linearidade (r2 = 0,996), precisão (DPR < 2,0%), exatidão (entre 98,2 a 101,1%), limite de quantificação (0,1 mg/mL) e de detecção (0,03 mg/mL) conformes; e robustez e seletividade adequadas. A análise foi feita em coluna cromatográfica fenil 150 x 4,6 mm, 3,5 μm, estabilizada a 30 °C, comprimento de onda a 210 nm, fase móvel acetonitrila:água (40:60) e fluxo de 1,0 mL/min. Foram analisadas duas amostras de loções com especificações de icaridina 7,5% e 10%, duas de géis 10% e três sprays 5,5%, 10% e 25%, de marcas distintas, adquiridas em estabelecimentos comerciais e sites varejistas on-line. As loções apresentaram teor de 8,18% e 10,93%; os géis de 9,87% e 9,92%; e os sprays de 5,84%, 10,85% e 25,96%. Conforme especificação da ANVISA, a variação máxima permitida é menor ou igual a 10% do valor nominal declarado no rótulo do produto, sendo todas as amostras consideradas satisfatórias. Controlar a qualidade de repelentes de insetos distribuídos no mercado brasileiro como uma ação efetiva e fiscalizadora se faz necessário, a fim de contribuir com a saúde da população.

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Copyright (c) 2024 Fernanda Fernandes Farias, Mariana Sbaraglini Garcia Silva, Vanessa Cristina Martins Silva, Valéria Adriana Pereira Martins, Maria Cristina Santa Bárbara

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