Hepatite aguda grave de etiologia a esclarecer: Investigação de casos suspeitos no Núcleo de Doenças Entéricas do Instituto Adolfo Lutz, São Paulo, entre 2022 e 2024
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Palavras-chave

Vigilância em Saúde Pública
Reação em Cadeia da Polimerase em Tempo Real
Infecções por Adenovírus Humanos

Como Citar

1.
Machado BC, Ferreira GH, Leme LA, de Morais DR, Erculiani Júnior A, Guadagnucci S, Cilli A, Compagnoli Carmona R de C. Hepatite aguda grave de etiologia a esclarecer: Investigação de casos suspeitos no Núcleo de Doenças Entéricas do Instituto Adolfo Lutz, São Paulo, entre 2022 e 2024. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 3º de novembro de 2024 [citado 5º de fevereiro de 2025];83:e40600. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/41336

Resumo

Desde abril de 2022, um aumento nos casos de Hepatite Aguda Grave de Etiologia a Esclarecer (HAGEE) foi relatado em diferentes países. Neste estudo, relatamos os resultados dos testes laboratoriais para vírus entéricos realizados em casos com suspeita de HAGEE em pacientes de dois meses a 16 anos de idade, entre maio de 2022 e março de 2024 no Núcleo de Doenças Entéricas do Instituto Adolfo Lutz. De acordo com a definição de caso de HAGEE do Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo, 73 crianças e adolescentes (n = 32, masculino; n = 41, feminino) com idades até 17 anos, foram considerados casos suspeitos, pois apresentaram hepatite aguda não A-E com aumento de transaminase sérica, aspartato transaminase (AST) e/ou alanina transaminase (ALT) ≥ 500 UI/L e resultado negativo para dengue e sem causa de origem não infecciosa, que evoluiu para hepatite fulminante, necessidade de transpalante de fígado ou óbito. A PCR em tempo real e o sequenciamento nucleotídico foram os testes utilizados para a elucidação diagnóstica dos casos originários do Estado de São Paulo. Amostras clínicas foram processadas por PCR em tempo real para detecção de Norovírus e Enterovírus nas fezes e Adenovírus nas fezes e/ou soro. Em alguns casos, amostras de secreções de naso e orofaringe e fragmentos de órgãos em casos de óbitos foram colhidas e testadas no laboratório. O Adenovírus foi o vírus mais comummente detectado (n = 08/fezes, n = 08/soro), depois o gênero Enterovírus (n = 08/fezes) seguido do Norovírus (n = 01/fezes). Os genótipos mais frequentemente identificados no sequenciamento foram os Adenovírus C6 e 41. Em dois casos foi observada a coinfecção (Adenovírus, Norovírus e Enterovírus). Os Adenovírus foram os mais frequentemente detectados nos casos de HAGEE no período. O estudo reforça a importância da vigilancia laboratorial, para possibilitar maior conhecimento sobre a HAGEE.

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Copyright (c) 2024 Bráulio Caetano Machado, Gabriel Henriques Ferreira, Lucas Araújo Leme, Danielle Rita de Morais, Antonio Erculiani Júnior, Simone Guadagnucci, Audrey Cilli, Rita de Cássia Compagnoli Carmona

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