Resumo
A proliferação e isolamento de Leishmania em meios e sistemas de cultivo apresentam sensibilidade variável, dependente do tipo de cultivo, qualidade da amostra coletada e do seu processamento, e tudo relacionado à tentativa de cultivo in vitro nas condições de laboratório. Neste estudo realizamos avaliações de diferentes sistemas para o isolamento e proliferação de diferentes cepas de Leishmania. Meios acelulares bifásicos: 1. Fase sólida – BAB (blood agar base) acrescido de sangue desfibrinado de coelho, ou de carneiro ou de cavalo em tubos com tampa rosqueada, estéreis, nas dimensões de 16x160 mm, 18x180 mm, 20x200 mm e em microplacas de 96 poços, com tampa, estéreis, com capacidade de 300 µL por poço; 2. Fase líquida – Caldo BHI (brain heart infusion), acrescido de 300 µg/mL de gentamicina e 5% de urina humana estéril. O volume de cada meio distribuído nos tubos e nas microplacas variou em função das dimensões dos tubos e microplacas. Cepas de Leishmania: 1. L.(L.) infantum, L.(L.) amazonensis, L.(L.) major, L. (V.) braziliensis e uma quinta cepa isolada e preservada no acervo do Instituto Adolfo Lutz desde o final da década de 1930. Em função do sistema de cultivo, da capacidade dos tubos e da microplaca, foram ajustados para concentrações de 10e6, 10e4, 10e1 e 10e0 parasitos. Todos os sistemas utilizados possibilitaram a manutenção e proliferação das cepas de Leishmania incluídas neste estudo. L.(V.) braziliensis apresentou crescimento tardio, em tubos e microplacas entre 24 e 72 horas em relação às demais cepas. Independente do sistema, tubos ou microplacas e a concentração de formas promastigota contidas nos inóculos, L.(L.) infantum alcançou proliferação superior à 10e7 e 10e8 parasitos. Exceto para L.(V.) braziliensis, as demais cepas os meios que incluíram sangue de cavalo na fase sólida revelaram proliferação mais intensa que a observada com sangue de coelho e carneiro.
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